Bússola

Um conteúdo Bússola

ABPIP pede fim do imposto de exportação de petróleo

Válida até junho, a taxação provisória depende agora de o Congresso Nacional decidir sobre sua eventual continuidade

Mercado pode ser prejudicado, segundo associação  (thinkstock/Thinkstock)

Mercado pode ser prejudicado, segundo associação (thinkstock/Thinkstock)

Bússola
Bússola

Plataforma de conteúdo

Publicado em 29 de maio de 2023 às 12h30.

A ABPIP, Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás, ingressou no STF como amicus curiae em processo que solicita a declaração de inconstitucionalidade da Medida Provisória 1.163/23, que instituiu a cobrança de imposto de exportação sobre o petróleo bruto, à alíquota de 9,2%. A ação foi proposta inicialmente pela Associação Brasileira de Empresas de Exploração e Produção de Petróleo e Gás.

O imposto foi criado pelo Governo Federal com o propósito de compensar as perdas de arrecadação decorrentes da desoneração da comercialização interna de combustíveis. No entanto, a ABPIP argumenta que esse imposto afeta o mercado de óleo e gás, impactando as empresas independentes, influenciando os investimentos e podendo resultar em mudanças nos preços praticados e na redução de empregos. “O impacto é ainda mais relevante para as empresas de menor porte e que operam em campos maduros, tanto em terra como no mar”, diz Márcio Félix, presidente da associação.

Como a medida afeta o mercado do petróleo?

Do ponto de vista financeiro, a iniciativa adotada pela União Federal representa uma arrecadação de R$ 6,65 bilhões. O executivo destaca que uma arrecadação desse montante interfere diretamente nas operações dos exportadores de petróleo bruto. Ainda, segundo Félix, a ABPIP busca, com a ação, contribuir para um debate amplo e técnico, além de reunir dados e elementos inerentes ao setor atingido, aptos a trazer esclarecimentos fundamentais para um desfecho plural da demanda.

“A cobrança possui relevância econômica, política, fiscal, financeira, jurídica e regulatória. Queremos colaborar com a visão das produtoras independentes de petróleo e gás natural, indústria que assumiu o risco de explorar campos até então subaproveitados, tendo parte das suas receitas atreladas à exportação. Evidentemente, a abrupta incidência do imposto com uma alíquota de 9,2% tem potencial para gerar significativos desafios às empresas e toda cadeia de fornecimento a ela atrela”, afirma Márcio.

Além dos impactos negativos mencionados anteriormente, é importante ressaltar que essa medida terá consequências prejudiciais para o setor de petróleo, que se caracteriza por realizar investimentos de longo prazo. A imposição desse imposto reduzirá o interesse em participar de novos leilões, adquirir e explorar campos produtores, causando danos significativos a toda cadeia produtiva de petróleo, incluindo empresas fornecedoras diretas e indiretas da indústria de bens e serviços. Vale destacar que os efeitos negativos da criação de impostos sobre a exportação ainda são perceptíveis até hoje na Argentina, o que reforça a preocupação de outras indústrias e setores com as possíveis consequências para a economia.

Siga a Bússola nas redes: Instagram | Linkedin | Twitter | Facebook | Youtube

Veja também

ESG: Diversidade enriquece setor de gás e energia

Com clientes como SBT, Iguatemi e Banco ABC, nav9 projeta faturar R$13 mi

Receita de clubes brasileiros chega a R$ 8,1 bilhões no último ano

Acompanhe tudo sobre:GásPetróleoÓleo dieselIndústria do petróleo

Mais de Bússola

Como a inteligência artificial está transformando treinamentos corporativos

Varejista investe em formação dos colaboradores com plataforma de conteúdo diversificado

Setor de energia elétrica avança na redução de passivo histórico

Rede social ESG aposta no Rio Innovation Week para ampliar sua presença