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A sala de aula do século 21

Estrategista digital analisa como a troca entre profissionais de educação e comunicação pode ajudar a modernizar o ensino e tornar as escolas mais atraentes

Sala de aula (Leo Caldas/Exame)

Sala de aula (Leo Caldas/Exame)

Mariana Martucci

Mariana Martucci

Publicado em 11 de novembro de 2020 às 20h37.

Última atualização em 11 de novembro de 2020 às 21h24.

Faça a experiência: digite os termos 'Sala de aula século 21' no Google. As imagens que o buscador vai trazer para sua tela são de uma familiaridade incômoda. O professor jogando conteúdo no quadro negro, as carteiras enfileiradas, os alunos tomando nota nos cadernos... Poderia ser a sala de aula de sua infância. Da minha adolescência. Ou a de seu filho.  ​

O fato é que alunos do século 21 recebem conteúdo do século 20 em salas de aula do século 19. A pandemia — sempre ela — só deixou o problema um pouco mais evidente com o desespero de pais e professores diante da dificuldade de manter os estudantes motivados. Ou pelo menos acordados.  ​

Talvez não seja necessário encher a sala de aula de hologramas e recursos de realidade aumentada para modernizar as técnicas de ensino. O essencial, creio eu, é transformar a informação que é passada, torná-la mais interessante, dotá-la de capacidade de engajamento, de carga emocional, de atrativos visuais.  ​

Conhece algum tipo de empresa que saiba fazer isso? Conteúdo bacana, atraente, emocionante, engajador, que consiga passar uma mensagem clara e facilmente fixada na cabeça das pessoas? ​

Acredito muito que agências de comunicação têm diante de si um enorme mercado potencial no setor de educação. Não estou falando de assumir o papel das instituições de ensino, mas de poder oferecer a elas pacotes de conteúdo capazes de prender a atenção de alunos. Em sala de aula ou no ambiente virtual. Esse é um terreno onde somos nativos. ​

Não é uma tarefa simples. Storytelling, noções de programação, técnicas de gamificação devem estar entre as habilidades de qualquer equipe que se disponha a desbravar esse segmento. Mas, depois de meses de aulas na tela do computador e anos trabalhando conteúdo para as mais diversas plataformas, clientes e públicos, é impossível não pensar que comunicólogos e educadores têm bastante espaço para se ajudar mutuamente e pensar em novos modelos de ensino.

*Estrategista digital da FSB Comunicação

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