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A mascote que virou digital influencer de ESG

Diretor de estratégia digital da Bússola analisa a transformação do Baianinho, símbolo da 3ª maior rede de varejos do país

Casas Bahia: ofertas com parceiros antecipam a Black Friday  (Divulgação/Divulgação)

Casas Bahia: ofertas com parceiros antecipam a Black Friday (Divulgação/Divulgação)

Mariana Martucci

Mariana Martucci

Publicado em 3 de novembro de 2020 às 21h50.

Ele cresceu. Aprendeu a falar. Passou a defender causas. Virou digital influencer. E agora é porta-voz da terceira maior rede de varejo do país.

Nada mal para quem, por décadas, foi um mero adereço em campanhas publicitárias de fogão, sofá e aparelhos de som 3 em 1.

Baianinho, a mascote das Casas Bahia, passou por uma profunda modernização e agora atende pelo nome de CB.

Desenhado com traços hiper-realistas, a transformação incluiu também alguns anos extras (virou adolescente), a renovação do guarda-roupa (saíram o chapéu de cangaceiro e o calção, e entraram o boné e a calça jeans), a cor da pele ficou mais escura e o celular tornou-se seu companheiro inseparável.

Mas que fique claro: não se trata apenas de uma repaginação estética visando a atrair um público mais jovem para ampliar as vendas.

É muito mais do que isso.

É uma revolução conceitual, estrutural e estratégica, alinhada ao surgimento de uma nova mentalidade de negócios e modelo inspiracional de mundo, alicerçado sobre a ESG (Environmental, Social and Governance, ou “Ambiental, Social e Governança”)

Ao se posicionar como um player que tem entre seus pilares a construção de uma sociedade mais inclusiva, diversa, sustentável, as Casas Bahia e outras empresas signatárias desta causa mostram que entenderam seu papel no novo mundo e sabem o que precisam fazer para continuarem ativas – e lucrativas!

A mudança do tom da pele, o protagonismo e a voz (ativa) dados ao personagem são os itens mais emblemáticos desta transformação. Ela abre portas para o debate sobre diversidade, inclusão social, representatividade, sustentabilidade, respeito, tão cruciais nos dias de hoje.

Nas redes sociais, além das ofertas da Black Friday, CB tem falado sobre nutrição, logística reversa, sustentabilidade, cultura, criatividade, diversidade, trazendo para a conversa Spartakus, Baddie Santana, Negra Li, Thiago Ventura, Bela Gil, Alex Trevelin, Manual do Mundo e outros influenciadores digitais que carregam essas bandeiras.

Não por acaso, a evolução do Baianinho para CB foi encabeçada por Ilca Sierra, que liderou por quase 10 anos a equipe que transformou a Lu na personificação da Magazine Luiza.

Há quem ache que isso é apenas um modismo, uma necessidade que grandes marcas sentem em “lacrar”.  E, como já disseram nas redes sociais, “quem lacra não lucra” (será?).

De qualquer forma, não se trata de lacração.

Estamos falando sobre estratégia de mercado. Estamos falando sobre fazer negócios em um mundo em beta permanente. Estamos falando sobre comunicação empática. Estamos falando sobre transparência. Estamos falando sobre humanização de marca.

Estamos falando sobre várias coisas, mas, essencialmente, estamos falando sobre update or die. Afinal, este sim é um mantra que as empresas decanas precisam repetir todos os dias.

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*Diretor de Estratégia e Redes Sociais da Bússola

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