Amauri Vasconcelos, presidente da Brasilseg, empresa de seguros da holding BB Seguros (Brasilseg/Divulgação)
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Publicado em 3 de julho de 2024 às 07h00.
Por Amauri Vasconcelos*
Um bom líder deve ter empatia, gostar de gente, dar exemplo e, claro, apresentar bons resultados. Estar à frente de uma companhia com a magnitude e complexidade da Brasilseg, uma das maiores seguradoras da América Latina, coloca a oportunidade de exercer essas práticas diariamente, mas também traz enormes desafios.
Neste meu primeiro ano de gestão, fortalecemos o cenário positivo da empresa, mantemos o ritmo de crescimento e enfrentamos grandes desafios, como a catástrofe natural do Rio Grande do Sul.
A tragédia exigiu uma atuação rápida e eficiente e fez emergir a abissal falta de cultura de seguro no Brasil – apenas 10% dos impactos causados pela tragédia estão cobertos por seguro.
Algumas mudanças realizadas nesses últimos 12 meses trouxeram impactos positivos à companhia. Uma delas foi em relação ao painel de resseguros, item extremamente estratégico para a organização, que passou a ser conduzido com o apoio de um broker internacional. A presença desse broker tem sido extremamente positiva na negociação de sinistro com as resseguradoras.
O fator humano é um dos principais desafios para qualquer empresa. Manter uma equipe motivada e comprometida com resultados, não é tarefa fácil. O lema “Simplificar, Proteger e Encantar”, além de sintetizar o propósito de nossa companhia, tem o viés de criar um objetivo comum.
Esse conceito é resultado de uma construção coletiva. Todos os colaboradores foram convidados a participar, sugerindo verbos que expressassem dinamicidade e a vocação da empresa para a incorporação de valores de forma simples. Uma iniciativa exitosa que gerou frutos nas comunicações interna e externa da companhia.
A pluralidade é uma premissa para a construção de uma cultura de diversidade, fundamental para qualquer empresa e transversal à estratégia de negócios da Brasilseg. É preciso estabelecer o debate e a inclusão quando o assunto é gênero, orientação sexual, pessoas com deficiência e etnia. Nosso Programa de Diversidade promove ações de letramento e iniciativas com o objetivo de criar um ambiente de trabalho equânime.
Costumo dizer: “pessoas a gente não administra, a gente cuida”. Se você conseguir reconhecer valores individuais e capturar o que cada um traz de bom, vai construir um time cada vez mais sólido. A empresa é uma corrente de vários elos. A força dessa corrente reside em cada um deles. Não adianta ter elos de materiais altamente resistentes se um deles for de arame.
No momento em que essa corrente for testada, ela irá se romper no elo mais frágil. É preciso que a liderança tenha um olhar de 360 graus para que cada um desses elos estejam prontos e consigam mostrar a resistência e a força da empresa.
Para isso, recomendo aos líderes que saiam de seus gabinetes. Vejam a realidade de perto. Entre as lições que tirei ao longo dessa minha experiência, destaco o valor da escuta. Ouça o que os colaboradores e os clientes têm a dizer. Essa é a forma mais objetiva de sentir o que pode ser melhorado, principalmente no relacionamento com o cliente. O líder tem que ser um grande ouvidor. Costumo sentar com a ouvidora para saber o que está chegando até ela. De um caso específico, pode sair a solução para muitos problemas.
O cliente está cada vez mais exigente, bem informado e em busca de produtos mais customizados, o que demanda uma atuação diferente a cada momento. Vivemos em um país continental com realidades distintas e precisamos entender essas diferentes necessidades. Hoje, desenvolvemos seguros para perfis variados. A hiperpersonalização é uma tendência de mercado.
Mas nosso olhar sobre as pessoas vai além do cuidado com o portfólio. Nosso apoio a projetos no segmento social, de atenção àqueles em situação de maior vulnerabilidade, demonstra como a iniciativa privada pode contribuir no legado de transformação social.
Quando fui aprovado no concurso público do banco, meu pai, dentro da sabedoria dele, me deu um único conselho: que eu deixasse tudo o que me tivesse sido confiado melhor do que recebi. E é isso que tento fazer todos os dias na Brasilseg. Porque acredito que seja desta forma que conseguimos impactar positivamente a sociedade.
* Amauri Vasconcelos é Presidente da Brasilseg, uma empresa BB Seguros
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