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A Black Friday do Pix: saiba como evitar fraudes online

Com a proximidade da Black Friday, é importante se atentar às novas possibilidades de fraudes virtuais; confira dicas para se proteger

Sistema de pagamentos instantâneos completou um ano na última terça-feira, 16. (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Sistema de pagamentos instantâneos completou um ano na última terça-feira, 16. (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

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Publicado em 22 de novembro de 2021 às 16h20.

Comemorando um ano de lançamento na última terça-feira, 16, o Pix deve marcar sua primeira grande presença na Black Friday em 2021, já que a ferramenta ainda não tinha tanta adesão das empresas e consumidores na mesma época do ano passado.

Em comparação entre novembro de 2020 e setembro de 2021, o Pix cresceu 639% em quantidade de usuários, saltando de 13,7 milhões para 101,3 milhões de pessoas físicas. O número de chaves cadastradas foi de 95,3 milhões para 330,8 milhões no mesmo período. As empresas que usam o meio de pagamento eram 1,14 milhão e aumentaram para 7,6 milhões. Apenas em setembro de 2021, foram 1,04 bilhão de transações com o Pix, totalizando volume de R$ 554 bilhões. Os dados são do Banco Central.

Na Black Friday de 2020, o Pix era algo muito novo, os e-commerces e consumidores ainda não tinham aderido com tanta força.

“A penetração da ferramenta pode dar início inclusive a uma nova estratégia dos varejistas nas promoções oferecidas, antes pensadas quase que exclusivamente para pessoas que compravam com crédito. Até o momento não há, por exemplo, grandes vantagens de preços para quem paga à vista. O Pix eliminou intermediários e a simplificação nos processos de pagamento é uma das tendências importantes na nova lógica financeira”, diz Antonio Soares, CEO da Dock, uma das empresas líderes na América Latina em tecnologia para serviços financeiros.

Apesar dos benefícios, a modalidade acende um alerta. Diferente do cartão de crédito, que permite tentar recuperar o dinheiro por meio de manifestação de não reconhecimento da compra, o Pix é uma transação financeira instantânea, em que o dinheiro sai imediatamente da conta de origem para a conta de destino. Os bancos aumentam a cada dia a capacidade de análise em transações Pix, mas em muitos casos ainda não é possível recuperar o valor transferido.

“É preciso preparar os consumidores para comprarem de forma segura em todos os meios de pagamento, pois agora existe mais um caminho para golpes”, afirma Fred Amaral, cofundador responsável por tecnologia da Dock, empresa que inclui robustos sistemas antifraude em seus produtos.

Para ele, as empresas têm papel fundamental no combate às fraudes na Black Friday. “Além de transparência e ações de conscientização dos consumidores, precisam implementar técnicas de monitoramento de sites clonados e sistemas antifraude”, afirma Fred.

A Dock, empresa por trás das soluções tecnológicas de digital banking, processamento de cartões e adquirência de empresas de inúmeros tamanhos e setores, tem como um de seus pilares a segurança, preocupação presente em todos os serviços que oferece. A empresa previne, por exemplo, que sejam criadas contas fraudadoras por meio de um processo rigoroso que inclui documentos, cópias, biometria, checagem de todos dados cadastrais etc.

A Dock oferece também aos clientes uma ferramenta antifraude que faz com que toda transação realizada em sua plataforma passe por uma série de critérios de inteligência artificial que verificam a possibilidade de ser uma transação fraudulenta.

“É importante que os e-commerces implementem sistemas antifraude robustos, pois, a cada ano, os fraudadores encontram novas formas de realizar golpes”, diz Fred.

Golpes

Fred fala que a Black Friday é o momento em que criminosos focam em enganar, não em hackear, ou seja, o fraudador não tenta invadir sites, contas ou computadores, e sim fazer com que pessoas comprem em sites e perfis de redes sociais falsos.

Com o Pix, as fraudes devem seguir a mesma linha, ou seja, o foco será induzir pessoas a realizarem transferências.

“É sempre um momento de muita informação, muita propaganda, muito email marketing. Há coisas falsas para todos os lados, que confundem o consumidor. O principal segredo para não cair é estar atento”, declara.

Como evitar golpes

Cuidados que devem ser aplicados antes da finalização de qualquer compra Pix:

  • Caso ainda não possua a chave Pix, crie-a diretamente na página ou aplicativo do seu banco. O golpe pode acontecer quando o fraudador direciona o cliente por meio de um link para uma página em que pede seus dados para criar a chave Pix, com a intenção de roubá-los;
  • Após ler (no caso de QR code) ou inserir a chave Pix e antes de confirmar a transação, verifique os dados da conta para a qual está transferindo. Fraudadores geralmente estão cadastrados com nomes pessoais ou termos que não condizem com o nome da loja. Se os dados forem suspeitos, desconfie e não efetue a transação;
  • Sites falsos costumam oferecer poucas opções de formas de pagamento. Se encontrar um site que oferece apenas a possibilidade de pagar com Pix, desconfie e não compre;
  • Para verificar se seus dados estão sendo utilizados para aplicar golpes, o sistema do BC permite que o consumidor cheque todas as chaves Pix ligadas ao seu CPF por meio da ferramenta Registrato.

Os grandes e-commerces já estão disponibilizando pagamento com Pix, e são os maiores alvos de clonagem de sites. Para garantir que não está comprando em um site falso, verifique:

  • Se o endereço da página inicia por “https://”. Se começar com ‘http://’, desconfie. Significa que o site não possui um mecanismo importante de segurança, que além de garantir a autenticidade, protege as informações na hora da transmissão;
  • Cada letra do endereço, já que é comum a criação de sites que utilizam nomes de lojas famosas trocando uma letra, o que pode passar despercebido;
  • Se existe um ícone de cadeado no navegador. Clique nele e cheque se as informações condizem com a da loja. Sites fraudados não conseguem emitir um certificado verdadeiro, pois o processo é muito seguro e envolve diversas checagens. Clicando no cadeado de um site falso, o cliente encontrará informações suspeitas;
  • O número do CNPJ no rodapé do site. Por Lei, e-commerces devem inseri-los. Confira no site da Receita Federal se ele é mesmo daquela empresa e se não foi emitido recentemente — o que pode indicar que foi criado apenas para aplicar golpes na Black Friday.

Dicas gerais, para todos os formatos, valem também para o Pix:

  • Instale apenas aplicativos de lojas oficiais. São comuns aplicativos fraudulentos que roubam dados pessoais, senhas e dados financeiros;
  • Antes de realizar uma compra com origem em post das redes sociais, olhe o número de seguidores e faça uma busca na própria rede pelo nome da loja. Se encontrar outro perfil com número de seguidores muito maior, o com menor número é provavelmente falso;
  • Se perceber que foi vítima de uma fraude de site falso, registre a reclamação no Procon (e não com a empresa que teve sua marca usada indevidamente). O órgão é responsável por buscar os criminosos.
Acompanhe tudo sobre:Black Fridaye-commercePIX

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