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93% dos paulistanos aprovam a Lei Cidade Limpa, aponta pesquisa

Aprovação da população reforça legado da política pública que transformou a paisagem urbana de São Paulo

 (Rovena Rosa/Agência Brasil/Reprodução)

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Publicado em 4 de julho de 2025 às 07h00.

93% dos moradores de São Paulo aprovam a Lei Cidade Limpa (14.223/2006). A política pública urbana foi implementada na capital paulista há quase duas décadas para regulamentar a publicidade nos espaços públicos.

A pesquisa foi realizada pelo instituto Offerwise, a partir de uma iniciativa conjunta das empresas Eletromidia e JCDecaux. Ela também registrou: 

  • 8 em cada 10 entrevistados afirmam que a cidade está mais limpa ou pouco poluída visualmente
  • 73% dizem que o ambiente se tornou mais agradável para viver após a regulamentação. 

A percepção de melhorias se estende a outros aspectos da vida urbana:

  • 80% notaram melhorias na iluminação pública,

  • 77% identificam avanços em acessibilidade e informações de utilidade pública,

  • 80% afirmam que a cidade está mais bonita,

  • 75% preferem o ambiente urbano atual.

Benefícios percebidos pela população:

Organizando o setor de out-of-home, a Lei Cidade Limpa impulsionou o comércio, organizou fachadas e vitrines e possibilitou um crescimento sustentável para a indústria de mídia exterior. Hoje, o setor é significativamente maior do que no período anterior à legislação, gerando mais empregos, mais arrecadação para o município e atraindo investimentos.

A organização do espaço urbano também trouxe impactos positivos para o desenvolvimento de terminais rodoviários, estações de metrô e ônibus, edifícios residenciais e comerciais, além de novos formatos de mídia em ambientes como centros de compras e shoppings. Com um ambiente regulado, o setor de OOH se profissionalizou, expandiu e passou a contribuir de forma mais estruturada para a paisagem e a economia da cidade.

A pesquisa indica que a Lei Cidade Limpa conquistou a adesão da sociedade civil e se consolidou como um marco da política pública urbana.

“A Lei Cidade Limpa é uma conquista dos paulistanos. Ela transformou São Paulo em uma referência positiva em termos de organização de paisagem urbana. Hoje, a capital paulista é usada como exemplo para várias outras cidades que buscam, justamente, a harmonia. Perder tudo isso, realmente, seria um prejuízo para os cidadãos. Quem perderia com um possível retrocesso é quem mora e quem vive em São Paulo”, diz Ana Célia Biondi, CEO da JCDecaux.

“A pesquisa comprova o que sentimos no dia a dia: a Lei Cidade Limpa é um legado que transformou São Paulo para melhor, e os cidadãos reconhecem e aprovam essa mudança de forma expressiva. O out-of-home moderno, impulsionado por uma legislação como a Cidade Limpa, é fundamental para construirmos cidades mais inteligentes e que realmente dialoguem com seus habitantes”, afirma Alexandre Guerrero, CEO da Eletromidia.

Criada em 2006, a Lei Cidade Limpa promoveu uma reconfiguração completa da publicidade nas ruas de São Paulo, restringindo outdoors e impondo novas regras para anúncios em espaços públicos. Desde então, a comunicação passou a acontecer exclusivamente por meio de mobiliários urbanos regulamentados e mantidos por empresas parceiras da Prefeitura, como abrigos de ônibus e relógios de rua.

O modelo brasileiro, impulsionado pela Lei Cidade Limpa, já é estudado por outras cidades latino-americanas como referência em como alinhar publicidade, serviço público e estética urbana, segundo publicações do Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP), que analisa boas práticas de urbanismo e mobilidade em nível global.

A pesquisa ouviu moradores de São Paulo com 18 anos ou mais, de todas as classes sociais, conforme os critérios demográficos do IBGE.

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