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75% dos brasileiros separam lixo para reciclagem, mas conscientização ainda é grande um desafio

Levantamento mostra que nove em cada dez adeptos da reciclagem separam o plástico do restante do lixo

Os dados servirão de base para o desenvolvimento de estratégias mais eficazes de conscientização ambiental (Sally Anscombe/Getty Images)

Os dados servirão de base para o desenvolvimento de estratégias mais eficazes de conscientização ambiental (Sally Anscombe/Getty Images)

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Publicado em 29 de julho de 2025 às 07h00.

Última atualização em 31 de julho de 2025 às 11h18.

Oito em cada dez brasileiros, 81%, afirmam evitar o desperdício e a geração de lixo. 75% declaram separar materiais para reciclagem ou morar com quem o faz. Os dados inéditos são da pesquisa da Nexus, feita em parceria com o Sindicato da Indústria de Material Plástico, Transformação e Reciclagem de Material Plástico do Estado de São Paulo (Sindiplast). 

O levantamento realizado em todo o país investigou as principais preocupações ambientais dos brasileiros, seus hábitos relacionados à sustentabilidade e à reciclagem, além de entender a percepção da população em relação ao plástico

A pesquisa revelou forte engajamento dos brasileiros contra o desperdício: 

  • 68% dizem reutilizar ou reaproveitar embalagens de produtos. 
  • 56% adotam a compra de produtos com embalagens recicladas  

Quando se fala das principais barreiras para a adoção de hábitos mais sustentáveis, o brasileiro enfrenta 

  • Falta de informação – 28%,
  • Falta de opções de coleta seletiva – 17%,
  • Falta de tempo –9%. 

“Esses dados sublinham o função crucial da informação e de campanhas de conscientização na promoção de mudanças comportamentais em relação à sustentabilidade”, diz José Ricardo Roriz Coelho, presidente do conselho do Sindiplast

Ainda assim, a importância da reciclagem é parte do senso comum

Apesar dos desafios, 93% dos brasileiros compartilham de um consenso senso comum, cientes do impacto do descarte inadequado de embalagens plásticas

A utilidade do plástico na preservação da qualidade dos alimentos, evitando o desperdício, também é reconhecida pela maior parte da população, com 50% concordando total ou parcialmente com essa afirmação. 

61% dos entrevistados aceitam a ideia de que é “impossível evitar o uso de embalagens plásticas porque fazem parte do cotidiano”, indicando uma alta percepção de dependência desse material no dia a dia.

Plástico é material mais reciclado 

90% dos entrevistados priorizam o plástico na hora da separação. O uso do material no dia a dia dos brasileiros é considerado importante por 48% dos entrevistados, refletindo sua praticidade e utilidade. 

  • A relevância do plástico é mais percebida entre homens (50%) com 60+ anos (52%), de ensino fundamental (50%), das regiões Norte e Centro-Oeste (50%).  

Quando o assunto é conhecimento sobre o plástico, apenas 6% dos entrevistados demonstraram alto grau de compreensão, enquanto 50% possuem compreensão intermediária e, 43%, baixa compreensão. 

“Isso aponta para a necessidade de maior informação e conscientização sobre o tema, visto que esse é um dos materiais com um dos maiores índices de potencial de reciclagem”, comenta Paulo Teixeira, diretor-superintendente do Sindiplast

 Os brasileiros entrevistados apontam que a principal barreira para a reciclagem de embalagens plásticas é a falta de coleta seletiva nas regiões onde moram, mencionada por 35%. 

Quem é responsável pela coleta seletiva

Segundo a pesquisa, a prefeitura da cidade – 79%. No entanto, a população também é responsabilizada (47%), assim como o governo estadual (27%). Os dados sugerem que a responsabilidade pela coleta de embalagens plásticas é predominantemente local. 

Para Teixeira, ainda existem desafios significativos em relação ao conhecimento sobre o plástico, à tecnologia e à consistência na adoção de hábitos de reciclagem

“Os dados servirão de base para o desenvolvimento de estratégias mais eficazes de conscientização ambiental, bem como para o aprimoramento de políticas públicas e iniciativas privadas voltadas para a promoção da sustentabilidade e da economia circular do plástico”, completa o executivo. 

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