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63% dos brasileiros escolhem o câncer como prioridade para o Governo

Pesquisa apresentada no 12º Fórum Nacional Oncoguia mostra como a população enxerga a doença e o quanto tiveram a vida afetada

Oito em cada dez brasileiros já tiveram algum conhecido com câncer e quatro em cada dez já tiveram ou têm algum familiar com a doença (GettyImages/Getty Images)

Oito em cada dez brasileiros já tiveram algum conhecido com câncer e quatro em cada dez já tiveram ou têm algum familiar com a doença (GettyImages/Getty Images)

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Publicado em 4 de maio de 2022 às 15h40.

O câncer foi apontado por 63% dos brasileiros como a doença que deve ser tratada como prioridade pelos governos. Os dados foram revelados na pesquisa Datafolha/Oncoguia "Percepções da População Brasileira sobre o Câncer", apresentada na abertura do 12º Fórum Nacional Oncoguia, na última terça-feira (26). O reuniu virtualmente os protagonistas do setor para debater os principais gargalos no acesso ao diagnóstico precoce, e apresentar propostas efetivas para uma oncologia mais sustentável e justa.

Encomendado pelo Instituto Oncoguia e realizado em parceria com o DataFolha, o estudo tem nível de confiança de 95%, com margem de erro de 2 pontos percentuais (para mais ou para menos). Foram realizadas 2.099 entrevistas em 151 municípios brasileiros.

A pesquisa foi desenvolvida sob três pilares: as percepções dos brasileiros diante da palavra câncer, a proximidade da doença com os brasileiros e a relevância do câncer como questão de saúde no Brasil.

Quando questionados sobre o que vem à mente diante da palavra câncer, 42% dos brasileiros trouxeram sentimentos negativos, com muitas menções a palavra morte e morrer.

Palavras como "doença", "dor", "medo", "tristeza" e "sofrimento" são outras que aparecem com maior frequência. Menções a "tratamento" e "cura" foram feitas por apenas 14% e 9% dos entrevistados, respectivamente.

"Esse dado nos mostra o quanto precisamos seguir conscientizando a população sobre prevenção, diagnóstico precoce e tantas novidades no mundo do câncer. Ter câncer não é igual a morrer e isso dependerá de acesso à informação, mas também de acesso a cuidados com a saúde. Essa percepção negativa do câncer pode ser paralisante e impedir que as pessoas se cuidem adequadamente, procurem ajuda diante de sintomas e até se afastem de pessoas enfrentando a doença e precisando de ajuda", diz a presidente do Instituto, Luciana Holtz, na palestra de abertura do evento.

Conforme esperado, o câncer está cada vez mais próximo da população, segundo o estudo, oito em cada dez brasileiros já tiveram algum conhecido com câncer e quatro em cada dez, já tiveram ou têm algum familiar com a doença. 5% declararam ser o próprio paciente.

Em segundo lugar na pesquisa, com 8%, figura a preocupação da sociedade com o consumo abusivo de álcool e doenças cardiovasculares. "Estamos diante de uma população tocada e impactada negativamente pelo câncer, mas que compreende a sua relevância e pede aos governos que a priorize. Que este contexto pertinente, urgente e de enorme relevância social de fato ganhe a priorização que a população e todos os que defendem a causa pedem. Precisamos e podemos salvar vidas", afirma.

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