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5G terá impacto de US$ 1,2 tri no PIB até 2035, diz executivo da Nokia

Ailton Santos participa do seminário 5G.br Manaus, que trata do uso de tecnologia e conectividade, promovido pelo Ministério das Comunicações

Evento em Manaus discute conectividade na Amazônia (Bússola/Reprodução)

Evento em Manaus discute conectividade na Amazônia (Bússola/Reprodução)

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Publicado em 21 de setembro de 2022 às 11h00.

Por Bússola

Um estudo elaborado em conjunto pela Nokia e pela Omdia mostra que o 5G terá um impacto de até US $1,2 trilhão no Produto Interno Produto do Brasil, até 2035. E a área mais impactada será Tecnologia, Informação e Comunicação (US$ 241 bilhões), segundo Ailton Santos, CEO da Nokia Brasil.

Em entrevista à Bússola, ele fala sobre os avanços trazidos pela tecnologia na indústria e na comunicação. Amanhã, 22, ele participa do seminário 5G.br Manaus, promovido pelo Ministério das Comunicações (MCom). Ele participa do painel “5G como acelerador da indústria 4.0”.

O evento, que acontece no Centro de Convenções do Amazonas Vasco Vasques, em Manaus (AM), discute os benefícios da quinta geração de internet móvel e as perspectivas da evolução tecnológica na região amazônica,em especial na indústria e na educação. Para se inscrever, basta preencher um formulário no site do evento.

Bússola: Uma previsão do Nokia Bell-labs fala em um aumento de até 11 vezes na produtividade das empresas que adotarem a transformação digital com o 5G. Quais são os principais ganhos que a tecnologia traz para a indústria que permitem esse tipo de benefício?

Ailton Santos: A produtividade que tem como base a conectividade do 5G, que viabiliza a adoção mais efetiva de tecnologias como inteligência artificial, internet das coisas e automação, estará presente em praticamente todas as indústrias. Vou dar exemplos alguns exemplos concretos, na indústria 4.0.

Os principais ganhos de produtividade são:

  • campus (fábrica) digital: ambiente de fábrica ou planta digitalizada, conectada, inteligente e sustentável;
  • fábrica gêmea digital, para otimizar gestão por meio de inteligência artificial e IoT,
  • segurança e gestão da propriedade, vigilância fixa e móvel reforçada com internet das coisas, vigilância de fronteira virtual (sensores), câmeras de vídeos e drones multifuncionais,
  • conectividade inteligente, com redes industriais privadas sem fio e fixas, interconexão multilocal e conectividade global perfeita para digitalizar campus de fábrica;
  • chão de fábrica automatizado,monitorado e otimizado e áreas de produção,
  • controle máquina a máquina, IoT, robôs colaborativos e robótica em nuvem entre chão de fábrica e borda, ou nuvem central,
  • gerenciamento da qualidade, condição, processo e produção de produtos. Monitoramento de KPI com análise de vídeo usando detecção de anomalias, padrões e contagem,
  • trabalhador conectado, com capacidades aumentadas,
  • trabalhador “capacidade” aumentada (distribuição de conteúdo digital, aumentado ou virtual para o dispositivo do trabalhador incluindo suporte remoto de especialistas e vestimentas conectadas),
  • controle de máquinas sem fio, baseado em posição, por meio de protocolos industriais, usando um terminal de máquinas humana,
  • comunicação de voz e vídeo, incluindo chamadas externas, priorização e recursos de transmissão,
  • ativo Inteligente.

Bússola: Que setores da economia, em especial na indústria, devem ser mais impactados com a chegada da quinta geração da internet móvel?

Ailton Santos: Segundo recente estudo elaborado em conjunto pela Nokia e pela Omdia, a expectativa é que o 5G tenha um impacto de até US $1,2 trilhão no Produto Interno Produto do Brasil, até 2035.

Os setores empresariais mais positivamente impactados serão Tecnologia, Informação e Comunicação (US$ 241 bilhões), governo (US$ 189 bilhões), manufatura (US$ 181 bilhões), serviços (US$ 152 bilhões), varejo (US$ 88 bilhões), agricultura (US$ 77 bilhões) e mineração (US$ 48,6 bilhões).

Bússola: A Nokia tem sido muito atuante no uso da tecnologia na comunicação, com testes de transmissão e streaming. Quais são as tendências para a indústria da comunicação para os próximos anos, com os avanços de conectividade e velocidade de transmissão, com baixa latência?

Ailton Santos: Em relação a geração e transmissão de conteúdo, sabemos que a necessidade atual de caminhões para transmissão de conteúdo até o cabeamento dentro do evento para conexão das câmeras de televisão requer tempo e dinheiro. A transmissão remota e “sem-fios” é um dos mais relevantes e imediatos casos de uso do 5G na indústria de comunicação, com ganhos de eficiência e qualidade tanto na produção, quanto na transmissão de eventos externos e ao vivo (esportes e shows, por exemplo).

Em resumo, o 5G potencializará tanto a geração de conteúdo quanto seu consumo. Na geração de conteúdo, permitirá que produtores de conteúdo e broadcasters possam, de forma dinâmica, gerar streamings de vídeo em 4k ou 8K, ou mesmo conteúdo imersivo (realidade virtual) ao vivo e em tempo real, sem a necessidade de estruturas complexas para transmissão de dados.

No consumo do conteúdo, as pessoas poderão acessar plataformas de streaming de conteúdo em tempo real e imersivo de qualquer lugar, acessando shows, eventos esportivos, experiências sensoriais, revolucionando o consumo de streaming.

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