(Krongkaew/Getty Images)
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Publicado em 29 de setembro de 2025 às 13h00.
A inteligência artificial (IA) tornou-se parte integrante das operações corporativas em praticamente todos os setores. Mas apesar da adoção generalizada, muitas empresas enfrentam dificuldades para converter o investimento em transformações concretas.
O problema está na cultura, no preparo dos líderes e no nível de maturidade analítica das equipes.
“Os desafios culturais manifestam-se principalmente através da resistência à mudança, onde lideranças e colaboradores frequentemente veem a IA como uma ameaça, não como uma oportunidade de potencialização”, explica Paulo Simon, vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios da Keyrus no Brasil.
“O AI Literacy emerge como resposta estratégica a esses desafios. Diferentemente de treinamentos técnicos convencionais, funciona como um agente de mudança organizacional”, destaca Paulo Simon.
Segundo o relatório The State of Data & AI Literacy 2025, da DataCamp, a alfabetização em IA tornou-se a competência que mais cresce em importância entre executivos C-Level. O
Vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios da Keyrus no Brasil destaca cinco pontos para entender a importância do aprendizado em IA nas empresas.
O AI Literacy quebra a percepção da IA como "caixa-preta" inacessível, democratizando o conhecimento e criando uma cultura de curiosidade e experimentação.
Quando líderes compreendem os fundamentos, limitações e potenciais da IA, naturalmente engajam suas equipes na jornada de transformação.
Organizações com programas estruturados de AI Literacy desenvolvem capacidade sistemática de coletar, interpretar e aplicar dados nas decisões estratégicas.
Esse amadurecimento analítico cria um DNA orientado por evidências, transformando intuição em inteligência estratégica.
Líderes alfabetizados em IA tomam decisões mais assertivas, baseadas em insights sólidos. Essa confiança se propaga pela organização, criando um ambiente onde a experimentação inteligente substitui a paralisia analítica.
A educação contextualizada emerge como pilar fundamental, conectando conceitos abstratos de IA às realidades específicas de cada setor através de casos de uso práticos que demonstram impacto tangível.
Paralelamente, a criação de ambientes de experimentação segura permite que líderes testem ferramentas de IA sem riscos operacionais, acelerando significativamente a curva de aprendizado através da experiência hands-on.
Ambientes que priorizam AI Literacy tendem a adotar ciclos contínuos de aprendizado e inovação. O relatório State of Data & AI Literacy 2025, da DataCamp, mostra que 69% dos executivos identificam a alfabetização em IA como a habilidade de crescimento mais rápido em importância estratégica.
“A experiência demonstra que as iniciativas mais eficazes tratam a alfabetização em IA como um programa abrangente de transformação organizacional, combinando diferentes estratégias complementares”, explica Paulo Simon.
Programas de mentoria colaborativa vêm ganhando espaço nas empresas ao conectar diferentes gerações: enquanto profissionais mais jovens trazem domínio tecnológico, executivos seniores oferecem visão estratégica e experiência de gestão.
A combinação acelera a curva de aprendizado e aproxima a inovação da prática. Em paralelo, parcerias com universidades e centros de pesquisa mantêm os programas atualizados, garantindo acesso a conhecimento de ponta e às tendências mais recentes do mercado.