12% utilizam IA como diferencial competitivo (Freepik)
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Publicado em 12 de dezembro de 2024 às 13h00.
“Há uma lacuna no desenvolvimento de competências internas para lidar com IA”, diz Edmee Moreira, CEO do IFTL, edtech cuja pesquisa mais recente indicou que os principais impeditivos internos para implementação da IA:
A 1ª edição da “Pesquisa sobre Adoção de Inteligência Artificial nas Empresas” contou com a participação de 302 respondentes, divididos igualmente entre perfis hierárquicos c-level, gerente e operacional; e entre empresas de pequeno, médio e grande porte.
“Essas dificuldades refletem preocupações comuns na adoção de tecnologias no geral, exceto quando falamos da resistência cultural. Apenas 15% delas têm uma estratégia formal de IA já implementada. Isso sugere que a governança precisa ser priorizada para dar suporte a uma adoção estruturada”, explica Moreira.
De acordo com o estudo conduzido pelo IFTL (Instituto de Formação em Tecnologia e Liderança), referente à maturidade no uso de IA nos negócios
Já relativo ao uso da IA por área dentro dos negócios, mais da metade (50%) deles utilizam IA em tecnologia e desenvolvimento de produto, enquanto áreas como vendas, marketing (26%) e suporte ao cliente (23%) também estão implementando IA de forma significativa.
Sobre o desenvolvimento de IA dentro dos empreendimentos, como estratégia formal, 35% deles estão desenvolvendo algo, o que sinaliza que a maturidade estratégica de IA ainda está em construção.
“Podemos fazer duas correlações importantes:
A primeira delas é porte versus maturidade. Empresas grandes têm três vezes mais chances de ter IA integrada em processos críticos, ao passo que pequenas companhias focam mais em exploração inicial (45%).
A segunda é investimento versus resultados. As empresas que investem mais reportam melhores resultados, como 75% mais probabilidade de ter uma estratégia formal de IA e 60% de ter a ferramenta como diferencial competitivo”, conta Moreira.
Para o CEO do IFTL, é possível traçar algumas recomendações e oportunidades de médio e longo prazo para incentivar a adoção contínua, o desenvolvimento de uma cultura data-driven e tornar empresas “AI-First” (inteligência artificial no centro de todas as inovações).
“Algumas ações a curto prazo: capacitação técnica e projetos-piloto. Estes, são essenciais para superar a falta de conhecimento. A médio prazo: expandir o número de casos de uso, desenvolver uma estratégia formal de IA e criar centros de excelência em IA. Já a longo prazo, integração total da IA nos processos empresariais e construção de uma cultura data-driven, visando à escalabilidade das soluções de IA”, conclui o CEO do IFTL.
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