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3 perguntas de ESG para Taciano Custodio, da Minerva Foods

Para o diretor de Sustentabilidade da empresa, a sustentabilidade se traduz em compromisso com o monitoramento da cadeia, responsabilidade e transparência

Rebanho na Fazenda Santa Izabel, em São Félix do Xingu, no Pará: demanda por regularização foi maior que a esperada  (Germano Lüders/Exame)

Rebanho na Fazenda Santa Izabel, em São Félix do Xingu, no Pará: demanda por regularização foi maior que a esperada (Germano Lüders/Exame)

Victor Sena

Victor Sena

Publicado em 1 de novembro de 2020 às 18h36.

Última atualização em 15 de abril de 2021 às 13h57.

Por Renato Krausz*

1.O que o mercado externo deveria saber sobre o ESG no Brasil?

Nos últimos anos, houve um avanço considerável com a preservação de milhões de hectares de vegetação nativa dentro de propriedades rurais, o aumento dos índices de produtividade por meio da adoção de tecnologia no campo e a intensificação da pecuária, entre outros exemplos.

Na esfera social, o agro brasileiro segue empregando, levando desenvolvimento ao interior e contribuindo para a balança econômica. Por fim, a governança sustenta a abertura de novos mercados para exportação dos produtos brasileiros, com responsabilidade sanitária, segurança dos alimentos e bem-estar animal. Precisamos dar visibilidade a isso no mercado externo. 

2. Qual é o principal desafio para o setor agropecuário?

O monitoramento de todos os elos de produção da cadeia da carne ainda é um desafio para o setor. Animais provenientes de áreas griladas e desmatadas de forma ilegal podem se misturar com a grande maioria dos produtores sérios e legais.

Uma das possibilidades para monitorar propriedades rurais e entender o fluxo dos animais é o uso das Guias de Trânsito Animal (GTAs) – cuja responsabilidade é do Serviço de Inspeção Federal (SIF) –, presentes em todas as fábricas da Minerva Foods. Para isso, é inerente que as indústrias tenham acesso às GTAs.

3.Como evoluiu na Minerva a importância da área de sustentabilidade nos últimos dez anos?

Assumimos uma posição pioneira em sustentabilidade, responsabilidade social corporativa e governança. Somos a única empresa do setor atualmente financiada pela IFC, do Grupo Banco Mundial, que apoia nosso gerenciamento das questões socioambientais de nossa cadeia produtiva.

Nas auditorias do Ministério Público Federal – que são o principal e mais confiável procedimento de verificação de terceira parte da cadeia –, registramos os melhores resultados entre os principais players do setor. Recentemente iniciamos testes com o Visipec, uma ferramenta para avaliação de riscos relacionados a fornecedores indiretos no Brasil.

A sustentabilidade está em nossa essência e se traduz em compromisso com o monitoramento da cadeia, responsabilidade com nossos stakeholders e transparência com a sociedade.

* Sócio-Diretor da Loures Comunicação

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