Bússola

Um conteúdo Bússola

3 perguntas de ESG para Marcelo Gomes, da Alvarez & Marsal

CEO no Brasil da consultoria norte-americana fala sobre as principais necessidades de diferentes clientes para navegar melhor nos assuntos de ESG

Marcelo Gomes, CEO no Brasil da Alvarez & Marsal. (Alvarez & Marsal/Divulgação)

Marcelo Gomes, CEO no Brasil da Alvarez & Marsal. (Alvarez & Marsal/Divulgação)

B

Bússola

Publicado em 12 de agosto de 2021 às 15h10.

Por Renato Krausz*

1) Quais são as principais demandas que a A&M tem recebido de empresas que buscam consultoria de ESG?

Marcelo Gomes: Temos três grandes grupos de clientes que buscam consultoria nos pilares ESG, todos com demandas distintas. Os fundos de private equity, por exemplo, buscam due diligence de empresas target no momento da pré-aquisição, e implementação ESG pensando na estratégia de saída das investidas através da abertura de capital na B3.

Outro grupo de clientes são as corporações, que estão atrás de mitigação de riscos, atração e retenção de talentos e relacionamento com órgãos e agências governamentais. E nosso terceiro grupo são investidores e acionistas que buscam discussões estratégicas com o C-Level das organizações para mudança cultural e, em alguns casos, apoio na captação de recursos atrelados a metas de sustentabilidade.

Apesar de diferentes, as demandas refletem uma pressão social e de investidores por práticas mais sustentáveis e colaborativas.

2) Quais tendências vocês vislumbram para o mercado de finanças sustentáveis?

Marcelo Gomes: Apesar de a precificação de instrumentos financeiros sociais ainda não ser muito clara, entendemos que existe um forte crescimento atrelado a indicadores e metas de desempenho. O que mostra uma clara mudança de comportamento, uma vez que as emissões passadas do mercado brasileiro eram tipicamente vinculadas à utilização e destinação dos recursos.

Uma outra tendência global é atrelar a remuneração de executivos ao desempenho ESG da organização, criando incentivos de longo prazo e tornando as empresas mais sustentáveis. E também temos visto um movimento muito forte de transparência. Tanto o investidor ativista quanto os consumidores exigem transparência de informações e práticas, o que é fundamental em uma empresa com governança sólida.

3) E dentro de casa, qual é a estratégia de sustentabilidade da A&M?

Marcelo Gomes: Internamente, criamos o programa ImpactAM, que engloba todas as iniciativas em prol do fomento de políticas e melhores práticas de sustentabilidade, diversidade e impacto social. Entre elas estão o Comitê de Sustentabilidade e os programas Proud to be (P2B), com foco na diversidade de gênero, Proud to be Black (P2BBlack), Conectando Mulheres, Young Profissionals e InovaEscolas. Recentemente, também nos tornamos parceiros da Rede Brasil do Pacto Global da ONU.

 

*Renato Krausz é sócio-diretor da Loures Comunicação

**Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a Exame. O texto não reflete necessariamente a opinião da Exame.

Siga a Bússola nas redes: Instagram | LinkedinTwitter | Facebook | Youtube

Acompanhe tudo sobre:Bússola ESGFinançasSustentabilidade

Mais de Bússola

Sergio Muniz: proteger infraestruturas críticas nunca foi tão urgente

Apenas 20% dos clientes têm boa experiência com chatbot. Entenda o que pode estar faltando na sua IA

Recompensas personalizadas podem aumentar produtividade e gerar crescimento sustentável

Startup brasileira propõe 'rede social ESG' e garante vaga para se apresentar no Web Summit Lisboa