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3 perguntas de ESG para Bruno Dias, da Petros

Presidente da companhia explica como é o rating interno de avaliação de empresas e o que foi feito para fortalecer a governança corporativa

Bruno Dias, presidente do segundo maior fundo de pensão da América Latina (Cícero Rodrigues/Divulgação)

Bruno Dias, presidente do segundo maior fundo de pensão da América Latina (Cícero Rodrigues/Divulgação)

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Publicado em 4 de novembro de 2021 às 09h00.

Por Renato Krausz*

1) Como a Petros está integrando o ESG em seu portfólio de investimentos?  

Bruno Dias: Entendemos que os investidores institucionais têm papel fundamental no fomento de ações concretas voltadas aos aspectos ESG e que seus propósitos devem refletir esse compromisso. Na Petros, utilizamos metodologia de uma consultoria especializada no tema e adotamos como referência o Código Brasileiro de Governança Corporativa — Companhias Abertas, do IBGC, além do Código de Stewardship da Amec, para acompanharmos e cobrarmos as empresas. Com isso, foi construído um rating de avaliação e classificação, que incorpora indicadores de sustentabilidade econômico–financeira e de atratividade do investimento, resultando em um amplo diagnóstico das empresas investidas.

Consideramos que a observância e consideração dos temas ESG na decisão de investimentos é não somente uma boa prática, mas um componente imprescindível do nosso dever fiduciário. Nosso objetivo não é excluir empresas da carteira, mas gerar engajamento estratégico, cobrando práticas e metas dessas companhias.

2) Quais aspectos principais esse rating mapeia nas empresas investidas?  

Bruno Dias: O rating classifica e pondera os aspectos ESG em relação a outros dados econômico-financeiros, afetando a favorabilidade das companhias e impactando a estratégia de investimentos. A análise é feita tanto em empresas que já constam do nosso portfólio como também na seleção de papéis de outras companhias. O objetivo é conciliar uma visão de análise qualitativa acerca dos aspectos ESG para avaliar a aderência dessas companhias às boas práticas de governança corporativa. Com base no questionário, em todas as interações que fazemos com as empresas, reportamos essas análises, orientando quais pontos precisam ser aprimorados, contribuindo assim para um maior engajamento das companhias.

Também utilizamos critérios específicos para seleção e avaliação de gestores terceirizados, analisando diretrizes e compromissos com o tema, além da representatividade da estratégia de investimentos que considera as questões ESG em relação ao patrimônio do gestor, e a metodologia e os critérios utilizados na alocação de ativos.

3) Internamente, o que vem sendo feito em relação à governança?  

Bruno Dias: Assumimos publicamente o compromisso com o aperfeiçoamento contínuo das práticas de governança, compliance e integridade. Neste sentido, aderimos ao Selo de Autorregulação em Governança de Investimentos e ao Código de Autorregulação em Governança Corporativa, ambos da Abrapp. Também somos signatários do Código de Stewardship da Amec e do Pacto Empresarial pela Integridade e Contra a Corrupção, do Instituto Ethos, reforçando nossa atuação com ética e integridade no ambiente corporativo e a condução dos negócios de forma responsável e sustentável.

Desde que assumi a Petros, há dois anos, revisamos com apoio de uma das maiores consultorias do mundo toda a estrutura de governança de investimentos e gestão de riscos do fundo, adotando as melhores práticas, sobretudo de grandes fundos canadenses, que são referência mundial em termos de governança e de gestão de riscos. Hoje, conseguimos atrair os melhores profissionais e contamos com um time altamente qualificado, refletindo a confiança do mercado na empresa. A Petros atual conta com uma governança robusta e de alto padrão, comparável aos melhores modelos do mercado.

*Renato Krausz é sócio-diretor da Loures Comunicação

Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a Exame. O texto não reflete necessariamente a opinião da Exame.

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