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13° pode ser respiro para famílias brasileiras endividadas neste ano

Especialista explica como utilizar o dinheiro de forma inteligente e entrar em 2022 mais desafogado

Planejamento é fundamental para que o uso do dinheiro não piore ainda mais a situação financeira de uma família. (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Planejamento é fundamental para que o uso do dinheiro não piore ainda mais a situação financeira de uma família. (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

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Publicado em 28 de dezembro de 2021 às 10h40.

O final do ano está próximo e, juntamente com ele, boa parte dos trabalhadores brasileiros recebem o tão esperado décimo terceiro salário. O valor é destinado para diversas funções — para muitos será uma oportunidade de sair do vermelho, para outros, uma forma de investimento ou até mesmo uma maneira de esbanjar um pouco mais nas festas de final de ano.

De acordo com a pesquisa da Confederação Nacional do Comércio, Bens, serviços e Turismo (CNC), a parcela de famílias endividadas atingiu um novo recorde em outubro. O número de brasileiros com dívidas cresceu pelo 11° mês seguido, chegando a 74,6% das famílias.

Apesar de um cenário de crise econômica e taxa de desemprego ainda preocupante (ainda são 13,7 milhões de brasileiros sem trabalho, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o primeiro pensamento que surge ao receber uma renda é gastar com as comemorações desta época. No entanto, Alberto André, cofundador e CEO do Plusdin, fintech de serviços financeiros, alerta que é preciso muito cuidado para lidar com esse bônus no fim do ano.

“É necessário estabelecer um controle das finanças que assegurem que esse recurso tenha o melhor direcionamento. Planejamento é fundamental para que o uso do dinheiro não piore ainda mais a situação financeira de uma família”, diz o CEO.

Para tomar decisões mais inteligentes, o executivo listou algumas dicas para o trabalhador aproveitar esse capital extra da melhor forma possível:

  1. Entenda sua situação financeira — O primeiro passo é a organização. Coloque os gastos em uma planilha ou no papel para ter um panorama geral da sua realidade financeira. Faça um balanço do seu orçamento e, se houver dívidas, priorize liquidar primeiramente as que têm juros altos e em seguida é importante negociar as com juros mais baixos junto à instituição financeira.
  2. Planejamento — O segundo passo tem como base a constância. Sempre acompanhe seu planejamento, assim fica muito mais fácil atingir metas e objetivos pessoais. O planejamento deve ser feito durante todo o ano. No entanto, sempre é hora de começar. Além de anotar todos os gastos da família, é importante estabelecer limites para cada setor de gastos, assim é possível mensurar o que está extrapolando e melhorar no mês seguinte.
  3. Nunca gaste mais do que recebeu — O terceiro passo é a consciência. Nesta data do ano, faça compras conscientes, não por impulso. O ideal é sempre sobrar mais do que gastar. Evite parcelar compras — o modelo é uma armadilha para os que não se controlam em um shopping. Comprar no dinheiro, débito ou PIX são saídas para que o consumidor tenha ciência do que está sendo gasto naquele momento.
  4. Crie uma reserva de emergência — O último passo é poupar. Após organizar suas finanças, o valor que sobrou, mesmo que pequeno, já é uma ótima oportunidade para começar a economizar. Além disso, é importante separar uma parte do valor para as despesas extras de início de ano como IPTU, IPVA, material escolar e matrícula escolar.

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