Brasil

Zona leste de SP cobra informações sobre obras da Copa

“Estamos muito preocupados” resumiu um líder comunitário da região onde será construído o estádio que sediará a abertura do torneio

Projeto do estádio do Corinthians: moradores da região querem mais informações (Divulgacao)

Projeto do estádio do Corinthians: moradores da região querem mais informações (Divulgacao)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2011 às 18h10.

São Paulo – Dezenas de moradores e lideranças comunitárias de bairros da região leste de São Paulo cobraram transparência e informação das autoridades sobre as obras para a construção do estádio paulistano que sediará o Mundial, durante seminário promovido hoje (6) na Assembleia Legislativa paulista sobre a Copa.

Benedito Roberto Barbosa, do Movimento Popular de Monitoramento da Copa do Mundo, foi um dos que questionaram os representantes das várias instâncias de governo sobre a falta de informações. Segundo ele, nenhum morador ou comerciante da região sabe se será afetado pela construção do estádio ou pelas obras viárias já incluídas no plano de mobilidade do Mundial.

“Estamos muito preocupados”, afirmou Barbosa. “Até agora, não tivemos nenhum contato com as autoridades sobre as obras da Copa. Ninguém sabe das intervenções”.

De acordo com a secretária-executiva do Comitê Paulista da Copa do Mundo, Raquel Verdenacci, cinco obras viárias estão programadas para a região leste. Juntas, elas vão custar R$ 470 milhões.

O secretário especial de Articulação para a Copa do Mundo da prefeitura paulistana, Gilmar Tadeu Ribeiro Alves, disse que outros investimentos públicos previstos para a região serão antecipados por causa da Copa. Esses investimentos, segundo ele, “vão ajudar a acelerar o desenvolvimento da região”.

O ministro dos Esportes, Orlando Silva, admitiu que as obras para a Copa devem causar a remoção de famílias que vivem nas áreas dos projetos. Silva disse, porém, que essas famílias terão direito a uma “moradia digna” no local para o qual serão transferidas.

“Algumas intervenções que serão realizadas serão feitas em áreas ocupadas, mas não haverá nenhuma arbitrariedade”, disse Silva, durante o seminário.

O presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, disse que a realização dos jogos na região leste da capital beneficiará os moradores locais. Ele ressaltou, porém, que muitos serão prejudicados para que a maioria possa usufruir das melhorias na área. “A maioria vai sorrir, mas muitos vão chorar”, resumiu Andrés, que também esteve no seminário.

O Corinthians será o dono do estádio que deverá abrigar os jogos da Copa em São Paulo. O estádio estava planejado para ter capacidade de 48 mil espectadores. Por causa da Copa, seu projeto foi alterado e sua capacidade será ampliada para 65 mil torcedores. A mudança, reconheceu Andrés, vai trazer impactos em todo o entorno do estádio. Ele disse, entretanto, que minimizar esses impactos é dever do poder público. “Isso não é problema do Corinthians. É problema do estado e do município”.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasCopa do MundoEsportesEstádiosFutebolMetrópoles globaissao-paulo

Mais de Brasil

Governadores do Sul e do Sudeste criticam PEC da Segurança Pública proposta por governo Lula

Leilão de concessão da Nova Raposo recebe quatro propostas

Reeleito em BH, Fuad Noman está internado após sentir fortes dores nas pernas

CNU divulga hoje notas de candidatos reintegrados ao concurso