Os deputados afirmam que Pimentel e Gabrielli atentaram contra o Código de Conduta da Alta Administração Federal ao se encontrarem com Dirceu (Ana Araujo/Veja)
Da Redação
Publicado em 3 de agosto de 2012 às 18h48.
Rio de Janeiro - O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu defendeu hoje a permanência no cargo do ministro do Esporte, Orlando Silva, acusado de se beneficiar de desvios supostamente praticados no programa Segundo Tempo, um dos principais de sua pasta. No Rio para o lançamento de um livro que reúne artigos seus publicados em jornais, Dirceu afirmou que cobrar o afastamento ou a demissão do ministro é o mesmo que pedir o afastamento de Geraldo Alckmin (PSDB) do governo paulista devido ao escândalo da negociação de emendas com deputados estaduais.
"Se fizerem uma denúncia contra o governador com relação ao caso das emendas, ele vai ter de se afastar? Ele não vai mais ter condições de governar?" Dirceu disse considerar "gravíssimo" o caso das emendas em São Paulo especialmente porque a denúncia partiu de um deputado da base do governo.
Para o ex-ministro, que é réu no processo do mensalão, as acusações contra Orlando Silva são baseadas apenas em testemunhos de pessoas já envolvidas em escândalos de desvio de recursos. "Não vejo consistência na denúncia."