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Youssef propõe acareação com seu ex-sócio

O advogado do doleiro negou que seu cliente tenha mentido ao Ministério Público Federal sobre seu patrimônio


	Operação Lava Jato PF Polícia Federal: Meirelles disse que o doleiro não declarou seu patrimônio real aos procuradores
 (Divulgação / Polícia Federal)

Operação Lava Jato PF Polícia Federal: Meirelles disse que o doleiro não declarou seu patrimônio real aos procuradores (Divulgação / Polícia Federal)

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Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2015 às 08h55.

Curitiba - O advogado do doleiro Alberto Youssef, Antônio Figueiredo Basto, negou na segunda-feira, 2, que seu cliente tenha mentido ao Ministério Público Federal sobre seu patrimônio e disse, pela segunda vez, que Youssef está disposto a fazer uma acareação com o doleiro Leonardo Meirelles, um dos réus da Operação Lava Jato apontado como testa de ferro de Youssef no Laboratório Labogen.

Em entrevista publicada no domingo pelo jornal Folha de S.Paulo, Meirelles disse que o doleiro não declarou seu patrimônio real aos procuradores, no acordo de delação premiada.

"Vamos acareá-lo (Youssef) com Leonardo, que nunca foi sócio, não tem sociedade nenhuma. Ele (Leonardo Meirelles) era doleiro e fez operações com meu cliente, está mentindo e vamos desmascará-lo mais uma vez", disse o advogado, antes de audiência de testemunhas dos processos da Lava Jato, em Curitiba.

"Ele (Meirelles) disse que Youssef tem patrimônio de R$ 150 e R$ 200 milhões e que ele (Youssef), no acordo que fez, disse ter R$ 50 milhões, mas não temos nada a esconder. É um mentiroso", afirmou Basto.

Meirelles confessou em depoimentos à Justiça Federal, em novembro, que movimentou US$ 120 milhões para Youssef entre 2011 e 2014.

Na ocasião, ele descreveu como eram feitas as remessas de dinheiro do Labogen para o exterior, utilizando contas de empresas offshore abertas por ele, a pedido de Youssef, em Hong Kong.

O primeiro pedido de acareação entre Youssef e Meirelles foi feito por Basto quando o testa de ferro do doleiro declarou que o esquema de corrupção da Petrobrás também atuava em favor do PSDB, e não somente para favorecer PT, PMDB e PP.

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