Brasil

Yoani Sánchez diz se inspirar em frase de Dilma Rousseff

A dissidente cubana elogiou o programa Bolsa-Família e disse que o projeto poderia ser implementado em Cuba, assim como outros programas brasileiros


	Yoani Sánchez: a cubana também pediu que o governo brasileiro tenha uma atitude mais ativa em relação à cobrança de direitos humanos na ilha caribenha
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Yoani Sánchez: a cubana também pediu que o governo brasileiro tenha uma atitude mais ativa em relação à cobrança de direitos humanos na ilha caribenha (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2013 às 13h57.

São Paulo - A blogueira cubana Yoani Sánchez disse, nesta quinta-feira, durante palestra no Grupo Estado, que se inspira na frase da presidente Dilma Rousseff sobre sua preferência pelo "ruído da imprensa livre" ao "silêncio da ditadura". "É uma frase que me encanta, é a causa da minha luta", disse a blogueira.

Acompanhada do senador Eduardo Suplicy (PT-SP), a quem intitulou seu "Quixote pessoal" por defendê-la contra os protestos que tem enfrentado nos últimos dias no Brasil, Yoani elogiou o programa Bolsa-Família e disse que o projeto poderia ser implementado em Cuba, assim como outros programas brasileiros.

A cubana também pediu que o governo brasileiro tenha uma atitude mais ativa em relação à cobrança de direitos humanos na ilha caribenha. "Falta (da parte do governo brasileiro) dureza ou talvez franqueza em relação ao tema dos direitos humanos", disse a blogueira. "Há um silêncio demasiado", emendou.

Yoani contou que se surpreendeu com a repercussão de sua visita ao Brasil e com o clima dos protestos contra ela. Ela disse que esperava manifestações que ficassem entre "a discrepância e o respeito" e que se assustou com a "virulência" das manifestações. "Impedir a reprodução de um filme me surpreendeu tristemente", declarou. A blogueira é uma das principais entrevistadas do documentário Conexão Cuba Honduras, do cineasta Dado Galvão.

Na quarta-feira (20), Yoani esteve no Congresso Nacional e disse que esta foi sua primeira vez em um parlamento. "Nunca me convidaram em Cuba". A cubana disse também ter se surpreendido com a "informalidade e com a desorganização" da sessão da qual participou, na quarta-feira (20).

"Mas foi uma experiência positiva", avaliou. No entanto, ela disse que gostaria de ter participado de um evento com uma plateia mais diversificada e não "dominada" pela oposição ao governo Dilma Rousseff. "Eu preferiria que fosse mais plural".

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