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Witzel diz que situação da água será resolvida em "no máximo" uma semana

A água abastecida pela Cedae vai começar a receber tratamento com carvão ativado a partir desta quinta-feira, após problemas com a qualidade

Wilson Witzel: governador do Rio de Janeiro disse que dará uma entrevista coletiva para tratar do assunto (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Wilson Witzel: governador do Rio de Janeiro disse que dará uma entrevista coletiva para tratar do assunto (Tomaz Silva/Agência Brasil)

AO

Agência O Globo

Publicado em 22 de janeiro de 2020 às 18h07.

Rio de Janeiro — O governador do Rio, Wilson Wiztel (PSC), afirmou na manhã desta quarta-feira que a situação da água abastecida pela Cedae será resolvida em, no máximo, uma semana. Governador foi cobrado por uma moradora de Bonsucesso, na Zona Norte do Rio, durante o lançamento do programa Segurança Presente no bairro, que reclamou do fato de ter que comprar água.

A aposentada Conceição Batista Domingos acompanhava o evento em que o governador participava em Bonsucesso. À imprensa, o governador não quis responder aos questionamentos sobre a situação da água na cidade do Rio, mas afirmou que marcará uma entrevista coletiva para falar sobre a questão e o modelo de concessão da Cedae.

A água abastecida pela Cedae vai começar a receber o tratamento com carvão ativado a partir desta quinta-feira, após os problemas com a qualidade do líquido atingirem 77 bairros do Rio e seis cidades da Baixada nos últimos 19 dias. A companhia confirmou que ainda realiza testes operacionais nesta quarta-feira antes de empregar o sistema, que está na Estação de Tratamento de Água (ETA) Guandu, em Nova Iguaçu, um dia depois de finalizar a montagem do sistema de aplicação e os testes elétricos e mecânicos no equipamento.

No entanto, a Cedae não informou quando o abastecimento irá se normalizar. Isso vai depender da caixa d'água de cada moradia e prédios. Desde o dia 4, a água que chega nas torneiras está com a coloração, gosto e cheiro fortes.

Na segunda-feira, o governador chegou a dizer que a crise da água, fornecida pela Cedae, poderia ter sido uma "sabotagem". De acordo com ele, a intenção seria "manchar" a imagem da companhia estadual de água e esgoto para o leilão de concessão. Witzel, no entanto, não detalhou quais seriam essas ações para sabotar a Cedae, mas disse que o governo estadual trabalha para resolver o problema no fornecimento de água.

— Eu desconfio que foi uma sabotagem para manchar a gestão eficiente que está sendo feita na Cedae preparando ela para o leilão. Há muitos interesses envolvidos no leilão, pedi que a polícia apurasse. Nós estamos trabalhando para resolver o problema. O que aconteceu até agora foi uma grande falha de previsão e manutenção, mas não se pode esquecer que, há décadas, faltam investimentos na Estação de Tratamento (ETA) do Guandu, que superam R$ 30 bilhões. Não podemos fazer esse investimento com o Estado quebrado como recebemos — afirmou Witzel.

— Nós teremos, a partir do leilão, um prazo de 20 anos para ter água tratada. Em até cinco anos, o problema do Guandu resolvido, para que casos como esse não ocorram Não somos responsáveis por essa tragédia. Desatamos os nós e assumimos um trabalho mal feito anteriormente.

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