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Wilson Witzel diz que não pedirá prorrogação da intervenção no Rio

O governador eleito quer ainda ampliar o Conselho de Segurança

. (Wilson Witzel/Facebook/Reprodução)

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AB

Agência Brasil

Publicado em 28 de outubro de 2018 às 23h35.

O governador eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), disse agora à noite que não pretende pedir a prorrogação da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, mas gostaria de continuar tendo o apoio das Forças Armadas no estado. "Pretendo aproveitar o legado da intervenção, afirmou. Witzel quer marcar um encontro com o interventor federal, general Braga Netto, para saber qual o apoio que o estado poderá continuar tendo.

"Vou procurar o general Braga Netto para conversar com ele quais as principais diretrizes que estão hoje já alinhadas para que não sejam interrompidas em 2019", afirmou. De acordo com Witzel, o Exército tem hoje no Rio mais de mil homens no patrulhamento da segurança pública.

O governador eleito quer ainda ampliar o Conselho de Segurança, que é presidido pelo secretário da pasta, para incluir outras instituições, como as polícias Federal e Rodoviária Federal, além de representantes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e das Forças Armadas.

Witzel prometeu reduzir o número de secretarias e afirmou que pretende ter uma equipe técnica no governo. Os nomes que vão compor o secretariado devem ser conhecidos, provavelmente, no final de novembro, segundo o eleito. "Até lá, temos colaboradores. Vou convidar alguns colaboradores. Policiais civis, policiais militares, médicos, professores de diversas áreas".

O primeiro compromisso de Witzel após a eleição será amanhã (29), às 7h30, na Central do Brasil, onde irá para agradecer aos eleitores pelos votos que recebeu. Depois, irá para a sede do seu partido (PSC), no centro da cidade para um encontro com correligionários. "Começo amanhã a jornada", contou.

Witzel adiantou que a esposa vai assumir a área de programas sociais. "A Helena começa a tomar conta da área da solidariedade, que é uma grande preocupação nossa. Vamos começar a pensar também no Rio Solidário", informou.

Regime de recuperação

Na economia, embora considere que é preciso negociar com o Congresso, afirmou que pretende rever o regime de recuperação fiscal. "Ele foi, no meu ponto de vista, uma proposta ruim. Exige aumento de impostos, exige demissão de servidores e outras medidas cujas metas são difíceis de serem cumpridas, além da Cedae [Companhia Estadual de Águas e Esgotos] estar como garantia", apontou.

Ainda na economia, disse que pretende abrir as portas para o capital estrangeiro e aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) do estado para criar empregos e melhorar a capacidade de oferecer serviços públicos.

Ligação de Paes

O governador eleito contou que recebeu uma ligação do seu adversário na eleição, o ex-prefeito do Rio, Eduardo Paes (DEM), na qual agradeceu e parabenizou o concorrente pela participação do processo democrático. Witzel acrescentou que o momento agora é de buscar união para resolver a situação do estado.

"O antagonismo que temos das ideias agora precisa se transformar em uma união em favor do estado do Rio de Janeiro. Alguns pontos em comum precisam ser solidificados, na segurança pública especialmente, porque o trabalho é árduo e vai precisar do apoio de todos. Eduardo Paes teve uma votação que precisa ser respeitada. A política é o debate de ideias, mas governar é para todos. Não se governa para um partido. Não se governa para uma ideologia. Se governa para todos", afirmou.

Nascido em Jundiaí

Depois da coletiva em um hotel no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste do Rio, ele se dirigiu a casa de espetáculos Ribalta que fica ao lado para um encontro com correligionários, onde agradeceu o apoio que recebeu na campanha e prometeu entregar um Rio melhor no fim do mandato.

O governador eleito tem 50 anos e nasceu em Jundiaí, São Paulo. Ele é advogado e ex-juiz. Pediu exoneração do cargo ao se filiar ao Partido Social Cristão (PSC). No primeiro turno, Witzel conquistou 3.154.771 votos, o que representou 41,28% dos votos válidos.

Pouco conhecido no cenário político quando começou a campanha, alcançou apenas 1% na primeira pesquisa de intenção de votos, mas surpreendeu no primeiro turno com uma subida inesperada, deixando para trás o senador Romário. O vice-governador eleito é o vereador Cláudio Castro (PSC), de 39 anos.

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