Reuters - O WhatsApp, companhia controlada pelo Facebook, confirmou nesta sexta-feira, 19, que baniu a conta do deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), que foi eleito senador e é filho do candidato Jair Bolsonaro, "há alguns dias por comportamento de spam".

Flávio afirmou no Twitter, nesta sexta-feira, que teve sua conta bloqueada sem explicações do aplicativo. O parlamentar não informou quando a conta foi bloqueada. Posteriormente, o parlamentar voltou ao Twitter para afirmar que sua conta no aplicativo de mensagens foi desbloqueada.

"A perseguição não tem limites! Meu WhatsApp, com milhares de grupos, foi banido DO NADA, sem nenhuma explicação! Exijo uma resposta oficial da plataforma", escreveu o deputado. "Meu telefone, cujo WhatsApp foi bloqueado, é pessoal e nada tem a ver com uso por empresas. O próprio WhatsApp informou que o bloqueio foi há dias, antes da Fake News da Foice de SP. Agora já foi desbloqueado, mas ainda sem explicação clara sobre o porquê da censura", afirmou.

O tuíte do filho de Bolsonaro ocorre um dia depois do jornal Folha de S.Paulo publicar que empresários ligados ao capitão reformado do Exército teriam financiado ilegalmente o disparo em massa de mensagens pelo WhatsApp contra o candidato do PT, Fernando Haddad. A campanha de Bolsonaro negou qualquer irregularidade.

Após a denúncia, a companhia publicou uma declaração se manifestando sobre o assunto e afirmou que tem proativamente banido centenas de milhares de contas durante o período das eleições no país.

Procurado, o WhatsApp afirmou que o bloqueio não teve relação com as denúncias, já que ocorreu antes da notícia da Folha ser divulgada.

"O WhatsApp confirma que a conta do Flávio Bolsonaro foi banida por comportamento de spam, mas isso aconteceu há alguns dias. Não está relacionado às denúncias de ontem. Outra conta 'pública' que foi banida por spam durante o período eleitoral foi o 'Dilmazap', da campanha da ex-presidenta", informou o aplicativo.