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Wajngarten nega que Bolsonaro tenha interferido em campanhas publicitárias

Ex-secretário de Comunicação do governo disse à CPI da Covid que tinha “toda a liberdade possível” para comandar a secretaria enquanto ocupou o cargo

Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação da Presidência da República (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação da Presidência da República (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Alessandra Azevedo

Publicado em 12 de maio de 2021 às 10h53.

Última atualização em 12 de maio de 2021 às 19h12.

Ex-secretário de Comunicação da Presidência da República, Fabio Wajngarten afirmou nesta quarta-feira, 12, que tinha “toda a liberdade possível” para comandar a pasta enquanto ocupou o cargo, entre abril de 2019 e março de 2021. Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, ele negou que tenha sofrido qualquer interferência para definir estratégias de comunicação.

“Eu sempre tive toda liberdade possível para comandar a Secom, sem absolutamente nenhuma interferência de ninguém”, disse Wajngarten. Ele lembrou que saiu da iniciativa privada e deixou a família em São Paulo para morar em um hotel em Brasília. “Ao menor sinal de interferência, eu teria ido embora”, garantiu.

Wajngarten reforçou a negativa ao ser perguntado pelo relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), se o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir em alguma campanha. “O presidente nunca pediu que eu fizesse campanha sobre nenhum tipo, jamais”, assegurou. “Se tivesse ocorrido qualquer interferência, eu pegaria minha mala e voltaria para a minha empresa e para a minha família em São Paulo”, disse.

Wajngarten também citou as campanhas publicitárias feitas pelo governo ao longo da pandemia de covid-19. Segundo ele, desde fevereiro de 2020, foram 11 campanhas, quatro pela Secom e sete conduzidas pelo Ministério da Saúde. “A impressão que se tem é equivocada em dizer que o governo não comunicou”, disse. 

“Com muita técnica, muita isenção, com muito profissionalismo, a gente fez campanha todos os meses, com muita mídia técnica e muita mídia regionalizada”, afirmou Wajngarten. Segundo ele, não houve nenhuma campanha de publicidade que fosse contra protocolos de saúde definidos pelo Ministério da Saúde.

As campanhas foram em vários meios de comunicação, apontou. No total, desde o início da pandemia, foram 19,5 mil inserções em televisão, com cobertura nacional, em 54 emissoras. Nos rádios, foram 272 mil inserções, em 2.123 emissoras. Ele também mencionou 152 mil inserções em painéis eletrônicos e em mídia exterior, além de banners informativos. 

 

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