Wagner disse que, se depender da opinião dele, a preferência é que a reforma saia ainda em agosto (Jefferson Rudy/Agência Senado/Flickr)
Agência de notícias
Publicado em 29 de agosto de 2023 às 17h13.
Última atualização em 29 de agosto de 2023 às 17h29.
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), sinalizou nesta terça, 29, que a reforma ministerial pode ser anunciada até esta quarta-feira, 30. "Todo mundo conta com que a reforma ministerial sairá até amanhã porque quinta-feira Lula viaja ao Piauí", afirmou, em entrevista à CNN Brasil.
Wagner disse que, se depender da opinião dele, a preferência é que a reforma saia ainda em agosto.
Wagner afirmou ainda que o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), comandado pelo ministro Wellington Dias, "é muito a cara do presidente" para ser entregue a um partido que não seja de "primeira hora". Segundo Wagner, uma das possibilidades é a divisão do MDS em duas pastas: a assistência social, de um lado, e o desenvolvimento social, do outro, que ficaria com o Bolsa Família, empreendedorismo e cooperativas. "O MDS teria outras ações que têm um condão de fazer desenvolvimento social, mas não são a assistência social stricto sensu", prosseguiu.
De acordo com o líder do governo no Senado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva adiou várias vezes a mudança ministerial porque o momento não é de uma modificação mais ampla. "O presidente comprometeu-se, acha que é importante para o governo trazer mais dois partidos políticos para a nossa base e pretende trazer", declarou, sem citar nominalmente PP e Republicanos, que podem entrar oficialmente para a base.
Para Wagner, o governo deve ter a capacidade de, nesta reforma ministerial, "não matar o boi nem deixar o freguês sem carne". "Parece impossível, mas é a arte da política. Como fazer para atender dois (partidos) e desatender outros dois que vão ser deslocados", afirmou. O líder do governo afirmou que a criação do ministério das micro e pequenas empresas é uma das ideias para fazer uma acomodação.
"Já foram desenhadas mil fotografias para o presidente. Ele, seguramente, está matutando e, na hora que ele se convencer intimamente de que aquela é a melhor solução, ele vai anunciar", acredita.