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Wagner ironiza ortodoxia de Aécio em evento na Bahia

O governador baiano ironizou a participação de Aécio na festa do 1º de maio, Dia do Trabalhador


	Jaques Wagner: "vi no 1º de maio muito candidato de oposição ao lado dos que pedem o fim do fator previdenciário e a redução da jornada de trabalho para 40 horas", disse
 (Denis Ribeiro)

Jaques Wagner: "vi no 1º de maio muito candidato de oposição ao lado dos que pedem o fim do fator previdenciário e a redução da jornada de trabalho para 40 horas", disse (Denis Ribeiro)

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Da Redação

Publicado em 2 de maio de 2014 às 10h24.

Comandatuba - Um dos mais importantes aliados da presidente Dilma Rousseff no Nordeste, o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), foi o único petista presente na cerimônia de abertura do Fórum de Comandatuba.

Maior evento empresarial do País, o fórum organizado anualmente pelo Lide (Grupo de Líderes Empresariais), reunirá nesta sexta-feira, 02, pela primeira vez, em um mesmo debate com o setor, o ex-governador Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e o senador Aécio Neves (PSDB), ambos pré-candidatos à Presidência.

Também estão presentes no Fórum dirigentes tucanos como o senador Aloysio Nunes, o deputado Antonio Imbassahy, líder do PSDB na Câmara, o senador José Agripino, presidente do DEM, o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), e a candidata a vice na chapa de Eduardo Campos, Marina Silva.

Isolado no papel de defensor do governo, Wagner ironizou a participação de Aécio na festa do 1º de maio, Dia do Trabalhador.

"Vi no 1º de maio muito candidato de oposição ao lado dos que pedem o fim do fator previdenciário e a redução da jornada de trabalho para 40 horas. É meio esquisito para quem fala em medida ortodoxa e impopular apoiar isso na hora do discurso", afirmou o petista.

Durante um jantar com empresários organizado recentemente por João Dória Jr., presidente do Lide, Aécio afirmou que tomará "medidas impopulares" na economia em um eventual governo tucano.

No breve discurso, em outra crítica indireta a Aécio, ele disse também que "o controle da inflação era um patrimônio de todos e não do partido A ou B", referindo-se ao discurso do tucano de que essa conquista seria do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

O governador baiano falou ainda que o ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva deixou para o País a herança das conquistas sociais e advertiu que nesta campanha eleitoral ninguém precisa anular o opositor para atrair o eleitorado.

Sobre o movimento 'Volta Lula', Wagner disse que a iniciativa do PR, partido que compõe a base de Dilma, de defender abertamente a entrada de Lula na disputa foi movida por uma disputa interna.

"É uma briga do Waldemar (da Costa Neto, ex-presidente do PR) contra um pedaço do PR que está no governo. Ele quer o ministério do Transporte, mas parece que ela não vai dar".

Por fim, o governador revelou que uma pesquisa encomendada por ele mostrou que Dilma teria 75% dos votos válidos na Bahia, contra 13% de Aécio e 8% de Campos.

"Se der Dilma e Aécio no segundo turno, tenho o sonho de trazer o Campos. Ele tem mais identidade com a gente", afirmou o governador.

Críticas

Reunindo empresários de vários segmentos, o fórum começou nesta quinta-feira, 01, e tem se tornado palco de críticas ao atual governo petista.

O presidente do Lide, João Dória Júnior, resumiu o sentimento que toma conta do evento. Além de alertar para o fraco desempenho da economia, ele frisou: "O isolamento de Dilma é incompreensível, viver à distância e neste isolamento é difícil para o Brasil."

Na sua avaliação, a oposição, representada por Aécio e Campos, saiu do marasmo e da hibernação.

Um dos homenageados no evento, o presidente do conselho de administração da BRF, Abílio Diniz, esteve na contramão das críticas e disse que o momento é de união em prol do Brasil. Segundo ele, este não é o momento de ficar falando de problemas.

"Temos de estar otimistas", disse ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, na noite de ontem.

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