Brasil

Vou investigar doa a quem doer, diz Dilma sobre Petrobras

Presidente reeleita reafirmou, durante entrevista ao Jornal Nacional, o seu compromisso contra a corrupção e a impunidade

Presidente reeleita, Dilma Rousseff (PT), concede uma entrevista para o Jornal Nacional desta segunda-feira (Reprodução/Globo)

Presidente reeleita, Dilma Rousseff (PT), concede uma entrevista para o Jornal Nacional desta segunda-feira (Reprodução/Globo)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2014 às 20h59.

São Paulo - A presidente reeleita, Dilma Rousseff (PT), reafirmou o seu compromisso contra a corrupção e prometeu não deixar "pedra sobre pedra" para investigar os escândalos da Petrobras.

Durante entrevista ao Jornal Nacional desta segunda-feira, a presidente negou que políticos que possam vir a ser condenados sejam capazes de causar alguma instabilidade em seu governo. Prometeu ainda "colocar às claras o que aconteceu" na estatal.

Indagada pelo âncora do jornal, William Bonner, sobre os desafios com as possíveis instabilidades políticas por conta dos escândalos de corrupção na Petrobras, a presidente foi enfática: "não acredito em instabilidade por prender e condenar corruptores".

"Esse fator (as prováveis condenações) não pode levar à instabilidade, o que deve levar à instabilidade é a manutenção da impunidade", concluiu a petista.

Política econômica

Na entrevista, Dilma também disse que as mudanças na política econômica serão feitas antes mesmo do término do seu primeiro mandato. Devem-se iniciar, segundo ela mesma falou, em novembro.

A presidente não quis, entretanto, revelar que tipos de mudanças, ou até mesmo os novos nomes da equipe econômica.

Dilma também reafirmou, assim como havia dito no seu discurso após o resultado da eleição, que estará mais aberta para o diálogo, "em todos os segmentos da sociedade", na condução da economia brasileira.

Reformas e União

A presidente demonstrou uma preocupação durante a entrevista em deixar uma mensagem de união para os brasileiros. Reflexo do resultado da eleição, que foi a mais apertada desde a redemocratização.

Com 51,63% dos votos válidos, a presidente venceu o seu rival, Aécio Neves (PSDB), por cerca de 3,5 milhões de votos.

"Eu acredito que, depois de uma eleição, nós temos que respeitar todos os brasileiros. E respeitá-los significa abrir e construir através do diálogo, para que possamos juntos fazer com que o Brasil tenha um caminho de crescimento", disse.

Para isso, Dilma refez o seu compromisso com as reformas, principalmente a política. A presidente defendeu, assim, um processo de consulta popular para se discutir temas como o financiamentos privados de campanhas e o fim da reeleição.

Outra reforma citada foi a tributária. "Se tem uma coisa que procurei fazer foi a reforma tributária. Acredito que nós agora temos que fazer essa discussão a fundo", afirmou.

A presidente enumerou as medidas tomadas durante o seu primeiro mandato nesta questão, e afirmou também ter um compromisso em continuar no sentindo da simplificação de impostos e no combate à guerra fiscal entre os estados.

Texto atualizado às 21h59min do mesmo dia.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasCorrupçãoDilma RousseffEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEscândalosEstatais brasileirasFraudesGás e combustíveisGoverno DilmaIndústria do petróleoPersonalidadesPetrobrasPetróleoPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Dino determina que cemitérios cobrem valores anteriores à privatização

STF forma maioria para permitir símbolos religiosos em prédios públicos

Governadores do Sul e do Sudeste criticam PEC da Segurança Pública proposta por governo Lula

Leilão de concessão da Nova Raposo recebe quatro propostas