Eduardo Cunha: segundo Cunha, a primeira sessão para debate do impeachment deve ser aberta às 9h da próxima sexta (Gustavo Lima / Câmara dos Deputados)
Da Redação
Publicado em 11 de abril de 2016 às 23h47.
A votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados vai ser iniciada na próxima sexta-feira (15) e finalizada no domingo (17), confirmou hoje (11) o presidente da Casa, deputado Eduardo Cunha. O peemedebista informou que se reunirá amanhã (12) com os líderes partidários para definir o roteiro para o processo de discussão e votação do processo.
Segundo Cunha, a primeira sessão para debate do impeachment deve ser aberta às 9h da próxima sexta-feira. O formato da votação, no entanto, ainda será decidido pelo colégio de líderes. O peemedebista adiantou, contudo, que o rito será diferente do usado no processo de cassação do ex-presidente Fernando Collor de Mello, em que os deputados foram chamados para a votação em ordem alfabética.
“Vou chamar pelo nome”, ironizou Cunha. “[A decisão] será comunicada em decisão escrita, lida em plenário”.
Cunha explicou que a ideia é dar palavra para o autor do pedido, depois para a defesa e, em seguida, começar a discussão. “Cada sessão que é convocada, os líderes têm direito de pedir o tempo de liderança, ou seja, isso atrasa e arrasta a sessão. Estou prevendo que na sexta-feira faremos três ou quatro sessões e no sábado três sessões para, no domingo, a gente fazer a sessão derradeira”, disse.
De acordo com o Regimento Interno da Câmara, cada partido têm direito a falar por uma hora, sendo que esse tempo pode ser dividido por até cinco deputados. A previsão do presidente da Casa é que as discussões na sexta e no sábado se arrastem pela madruga, para que no domingo a votação ocorra durante o dia. Amanhã será feita a leitura do parecer da comissão especial do impeachment e na quarta-feira o documento será publicado no Diário Oficial da Casa.
Perguntado sobre o resultado da votação, Cunha limitou-se a dizer que “não tenho que achar nada” e que “não tem nenhuma surpresa”.
*Colaborou Ivan Richard