Uma parte da asa do Airbus A330 da Air France é retirada do mar por militares da Marinha brasileira (AFP)
Da Redação
Publicado em 25 de julho de 2011 às 17h54.
Paris - O Birô de Investigações e Análises (BEA), órgão oficial encarregado das investigações do acidente com o voo Rio-Paris que, em junho de 2009, caiu no Atlântico com 228 pessoas a bordo, anunciou nesta segunda-feira que, na próxima sexta-feira, as circunstâncias exatas do acidente serão reveladas.
O terceiro relatório sobre este acidente que será divulgado pelo BEA apresentará as "circunstâncias exatas" do que aconteceu com o Airbus A330 da Air France e dará conta dos "primeiros pontos de análise e novos fatos estabelecidos" depois da análise dos dados contidos nas duas caixas pretas retiradas do fundo do mar no início de maio.
A análise das caixas pretas já permitiu reconstituir os últimos instantes de voo, mas as causas exatas do acidente ainda são desconhecidas.
Até agora, o BEA considera que um defeito nas sondas de velocidade (sensores) Pitot foi um dos fatores do acidente, mas sempre afirmou que a explicação definitiva só poderia ser conhecida quando fossem recuperadas as caixas pretas.
Segundo as autoridades, o mau funcionamento das sondas não explica por si só o acidente.
As duas caixas negras - que registram os parâmetros de voo e as conversas na cabine dos pilotos - foram trazidas à superfície no início de maio, depois de passar 23 meses a 3.900 metros de profundidade no Oceano Atlântico.