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Voluntários salvaram vidas em hospital de Santa Maria

Uma enfermaria foi transformada em unidade de terapia intensiva (UTI) garantindo, pelo menos, três vagas para atender quem apresentar pneumonite química


	Médicos em atendimento às vítimas do incêndio da boate Kiss: a ideia de aumentar o número de leitos é garantir que não falte vagas para as vítimas da tragédia.
 (REUTERS/Edison Vara)

Médicos em atendimento às vítimas do incêndio da boate Kiss: a ideia de aumentar o número de leitos é garantir que não falte vagas para as vítimas da tragédia. (REUTERS/Edison Vara)

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Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2013 às 16h36.

Santa Maria (RS) - O Hospital Universitário de Santa Maria improvisou mais cinco leitos de terapia intensiva para atender às vítimas do incêndio na Boate Kiss. Uma enfermaria, com equipamentos, foi transformada em unidade de terapia intensiva (UTI) garantindo, pelo menos, três vagas para atender quem apresentar pneumonite química, provocada pela fumaça tóxica.

A diretora de enfermagem do hospital, Soeli Guerra, conta que 120 pessoas chegaram à unidade de saúde no dia da tragédia e ficaram em observação. A maioria recebeu alta em seguida, dois pacientes com queimaduras foram transferidos para Porto Alegre e os demais foram levados para hospitais particulares. Segundo ela, apesar do momento de intensa procura, todos os pacientes foram atendidos, principalmente devido à ajuda de voluntários. "Se tivesse chegado o dobro [de pessoas], nós teríamos atendido", disse. "Eu não precisei chamar ninguém. Se apresentaram ex-alunos [de medicina], servidores em folga, em férias, enfermeiras que pegaram um ônibus em Florianópolis e colocaram o nome na escala aqui. Teve gente que trabalhou 20 horas voluntariamente de maneira ininterrupta", contou.

Atualmente, 11 vítimas da tragédia estão internadas no hospital, mas pessoas com sintomas tardios de pneumonite química ainda têm aparecido, e o número pode aumentar.

A ideia de aumentar o número de leitos é garantir que não falte vagas para as vítimas da tragédia, não sobrecarregar os leitos já existentes e nem deixar sem atendimento intensivo os pacientes com demais problemas graves de saúde. O hospital é referência na região central do Rio Grande do Sul e atende a vários municípios próximos.

"Os pacientes de mais de 40 municípios próximos continuam nos procurando e o valor da vida é o mesmo", disse. Segundo a diretora, se for necessário, novos leitos de UTI podem ser montados. O hospital tem 14 leitos permanentes de terapia intensiva, dos quais três estão com pacientes em estado grave por causa do incêndio, além dos cinco montados temporariamente.

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