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Volkswagen negocia para indenizar vítimas da ditadura no Brasil

Em 2015, a Comissão da Verdade começou a investigar a Volkswagen e outras empresas por seus nexos com os repressores

Volks: vários ex-funcionários da Volkswagen denunciaram ter sido espionados por seus superiores (Julian Stratenschulte/AFP)

Volks: vários ex-funcionários da Volkswagen denunciaram ter sido espionados por seus superiores (Julian Stratenschulte/AFP)

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EFE

Publicado em 1 de dezembro de 2017 às 14h46.

Frankfurt - O grupo automobilístico alemão Volkswagen, através de sua filial brasileira, está em negociações para indenizar as vítimas da ditadura militar no Brasil, mas ainda não há uma decisão sobre a quantia, segundo disse nesta sexta-feira à Agência Efe um porta-voz da montadora na Alemanha.

"A Volkswagen reconhece sua responsabilidade moral pelas injustiças ocorridas durante a ditadura militar no Brasil. A Volkswagen do Brasil negocia de forma construtiva com vítimas da ditadura e com o Ministério Público brasileiro", acrescentou o porta-voz.

"Nas negociações com as autoridades se trata também uma compensação financeira, mas sobre a quantia de possíveis pagamentos não há ainda nenhuma decisão", completou a fonte.

Um investigador independente averiguou a responsabilidade do consórcio automobilístico alemão durante a ditadura no Brasil e os resultados de seu trabalho serão apresentados em meados de dezembro no Brasil com representantes de alta categoria do grupo Volkswagen.

No final de fevereiro de 2015 a Comissão da Verdade, que aborda os crimes contra os direitos humanos durante a última ditadura do Brasil, começou a investigar a Volkswagen e outras empresas por seus nexos com os repressores.

Vários ex-funcionários da Volkswagen denunciaram ter sido espionados por seus superiores da empresa alemã por ordem dos militares que governavam o país.

Meios de comunicação alemães informaram este ano da suposta colaboração da Volkswagen do Brasil com a ditadura militar no país e também da investigação na procuradoria.

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