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Voa Brasil vende 10 mil passagens em dois meses; programa disponibilizou 3 milhões de bilhetes

Iniciativa permite a compra de passagens no valor de até R$ 200 por trecho para aposentados do INSS

Travelers wait in line to check-in at the Latam Airlines Group SA terminal at Congonhas Airport (CGH) in Sao Paulo, Brazil, on Monday, Aug. 9, 2021. Latam Airlines is expected to release earnings figures after-market on August 9. Photographer: Victor Moriyama/Bloomberg via Getty Images (Victor Moriyama/Getty Images)

Travelers wait in line to check-in at the Latam Airlines Group SA terminal at Congonhas Airport (CGH) in Sao Paulo, Brazil, on Monday, Aug. 9, 2021. Latam Airlines is expected to release earnings figures after-market on August 9. Photographer: Victor Moriyama/Bloomberg via Getty Images (Victor Moriyama/Getty Images)

Agência o Globo
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Publicado em 20 de setembro de 2024 às 06h51.

Última atualização em 20 de setembro de 2024 às 06h53.

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Perto de completar dois meses, o Voa Brasil vendeu apenas 10.422 passagens aéreas para 67 destinos domésticos. O total de bilhetes comercializados representa menos de 1% dos três milhões de assentos ofertados pelas companhias, segundo o Ministério de Portos e Aeroportos.

Lançado em 24 de julho, com atraso de quase um ano, o programa permite a compra de passagens no valor de até R$ 200 por trecho para aposentados do INSS. Podem adquirir a passagem pessoas que não tenham viajado de avião nos últimos 12 meses.

Apesar do baixo volume de vendas, Tomé Franca, secretário de Aviação Civil (SAC), do Ministério de Portos e Aeroportos, disse que o programa está cumprindo o objetivo de inclusão no transporte aéreo. A expectativa do governo é beneficiar pelo menos 1,5 milhão de aposentados.

"O foco do programa é a inclusão social, permitir que brasileiros que nunca voaram ou que voaram nos últimos 12 meses tenham maior acesso ao transporte aéreo. Neste sentido, o programa cumpre bem o seu papel. São milhares de aposentados que puderam entrar no mercado da aviação civil", afirmou Franca.

Ele destacou que a oferta de assentos de 3 milhões considera o período de 12 meses e varia de acordo com o nível de ocupação dos voos e, principalmente na baixa temporada.

Para um executivo da aviação, o volume de vendas é baixo porque não é só o valor da passagem que conta na viagem. As pessoas têm outros gastos, como por exemplo, tarifa de embarque, alimentação, hotel e deslocamento. As empresas apoiaram desde o primeiro momento, mas não esperam um grande resultado do programa, disse o interlocutor.

No ranking dos destinos mais procurados, São Paulo aparece em primeiro lugar com 2.918 reservas. O Rio ocupa o segundo lugar, com 963 bilhetes vendidos e em terceiro, Fortaleza, com 922. Em seguida estão Recife, Salvador, Brasília e Belo Horizonte.

O Voa Brasil teve mais de 600 opções de trechos reservados para cerca de 70 cidades brasileiras. Os destinos mais procurados neste início de programa foram São Paulo, Ceará, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco. Cerca de 45% dos voos foram para o Sudeste e 40% para o Nordeste.

A capital cearense foi a cidade mais procurada do Nordeste pelos beneficiários do programa. Um em quatro bilhetes vendidos para a região, neste primeiro mês de funcionamento, foi para aeroportos do estado (Fortaleza, Juazeiro do Norte e Jericoacoara). O número de aposentados que voaram para Fortaleza desde o início do programa Voa Brasil seria suficiente para lotar mais de seis aeronaves.

Como funciona

O Voa Brasil funciona por meio de uma parceria do Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) com as principais aéreas brasileiras e não envolve subsídio governamental para a oferta dos bilhetes. Os trechos disponíveis são apresentados em uma plataforma exclusiva aos aposentados (www.gov.br/voabrasil). No primeiro momento, o programa é destinado a aposentados pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS/INSS), independentemente da faixa de renda, que não tenham viajado de avião nos últimos 12 meses.

Próxima fase

A expectativa do Ministério de Portos e Aeroportos é lançar a segunda etapa do programa no primeiro semestre de 2025, no qual serão beneficiados os estudantes de instituições de ensino público.

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