Brasil

Viúva de Marielle pede a Moro mais empenho em investigações do crime

Mônica Benício se reuniu com o ministro da Justiça e dois delegados da PF no ministério; o caso já completou 580 dias

Marielle Franco: vereadora foi assassinada a tiros no Rio de Janeiro (Fabio Vieira/FotoRua/Getty Images)

Marielle Franco: vereadora foi assassinada a tiros no Rio de Janeiro (Fabio Vieira/FotoRua/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de outubro de 2019 às 17h40.

A viúva da vereadora assassinada Marielle Franco se reuniu na tarde da última terça-feira, 15, com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, para pedir mais empenho na elucidação do crime. Marielle e o motorista Anderson Gomes foram assassinados a tiros na noite de 14 de março do ano passado.

Apesar de a Polícia Civil do Rio ter prendido dois suspeitos, o caso ainda não foi esclarecido. Os acusados alegam inocência, e não há pistas seguras sobre o que teria causado o duplo homicídio, nem sobre quem seriam as mandantes dos assassinatos.

Mônica Benício se reuniu com Moro e dois delegados da Polícia Federal no ministério, em Brasília. Na véspera, o crime completou 580 dias.

"Ontem estive com o ministro Sérgio Moro e cobrei do governo federal que se manifeste publicamente sobre o crime político que executou Marielle e Anderson", escreveu Mônica na manhã desta quarta-feira, 16, em uma rede social. "O mundo quer saber: quem mandou matar Marielle?"

Ainda segundo a viúva da vereadora, Moro afirmou que tem total interesse em ver o caso esclarecido.

O PM reformado Ronnie Lessa foi preso em 12 de março deste ano, acusado de ser o responsável pelos disparos que mataram a vereadora. A Policia também prendeu o ex-PM Élcio de Queiroz, que estaria dirigindo o carro do assassino.

No último dia 3 de outubro, a polícia prendeu mais quatro pessoas ligadas ao assassino. O grupo é acusado de ter descartado a submetralhadora que teria sido usada por Lessa para matar Marielle e Anderson.

"O grupo teria executado o plano de jogar as armas nas águas da Barra da Tijuca", informou a PM em nota divulgada no dia das prisões. "O armamento foi lançado ao mar dois dias depois das prisões de Ronnie e do ex-PM Élcio de Queiroz."

Na última segunda-feira, quando o crime completou um ano e sete meses, a diretora-executiva da Anistia Internacional no Brasil, Jurema Werneck, reiterou a preocupação da organização com a demora na resolução do caso.

"Esperamos que todos os envolvidos na morte, inclusive seus mandantes, sejam identificados e levados à Justiça", afirmou Werneck em nota. "O recado é claro: nenhum defensor dos direitos humanos está seguro no Brasil enquanto esse caso permanecer impune."

Acompanhe tudo sobre:Marielle FrancoSergio Moro

Mais de Brasil

Acidente com ônibus escolar deixa 17 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP