Elizabeth Gomes, esposa de Amarildo, durante caminhada até a sede da UPP da Rocinha (Fernando Frazão/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 10 de julho de 2014 às 11h59.
Rio - Elizabete Gomes da Silva, viúva do pedreiro Amarildo Dias de Souza, assassinado no ano passado, está desaparecida há dez dias. Ela saiu de casa, na Favela da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, na segunda-feira, 30, e deixou os três filhos menores. A família não tem notícias dela desde então. Na próxima segunda-feira, 14, completa um ano que Amarildo foi detido por Policiais Militares e levado para a sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), na favela.
"De um tempo para cá, ela começou a falar muito do meu tio. Voltou a usar drogas e a beber muito. Ela saiu de casa e não disse para onde estava indo. A gente está rezando muito para que não tenha sido a polícia. Não vamos achar que foi isso nesse momento", disse a sobrinha de Bete, Michele Lacerda.
A família já procurou pela viúva em hospitais e no Instituto Médico Legal (IML), sem sucesso. Também procuraram por Bete na casa da mãe dela, em Natal, no Rio Grande do Norte. A viúva não passou por lá.
Os três filhos caçulas de Bete, Milena, de 7 anos, Alisson, de 11, e Beatriz, de 13, estão aos cuidados do irmão mais velho, Anderson, de 22, e de uma tia. Milena é a que está mais abalada. "Ela pergunta se a mãe vai desaparecer, como aconteceu com o tio Amarildo", disse Michele.