Brasil

Vital diz que terá isenção na hora de julgar no TCU

Considerado aliado de primeira ordem do governo, o senador preside as duas CPIs que investigam o esquema de corrupção da Petrobras no Congresso


	Vital do Rêgo: ele já foi acusado de colocar em prática manobras regimentais para que investigações não avançassem
 (Lia de Paula/Agência Senado)

Vital do Rêgo: ele já foi acusado de colocar em prática manobras regimentais para que investigações não avançassem (Lia de Paula/Agência Senado)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2014 às 16h50.

Brasília - Após ter o nome chancelado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) para assumir uma cadeira no Tribunal de Contas da União (TCU), o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) prometeu "isenção" na hora de julgar processos que envolvem a Petrobras e que até agora eram conduzidos pelo ministro José Jorge.

"Eu farei com a isenção que a Constituição exige de um magistrado. Eu farei com o conhecimento técnico de quem, ao longo dos últimos meses, presidiu uma Comissão Parlamentar de Inquérito que versou sobre o problema. Eu farei munido das responsabilidades que tenho há 25 anos como homem público", disse Vital nesta terça-feira, logo após deixar a sessão da CAE.

Considerado aliado de primeira ordem do governo, o senador preside as duas CPIs que investigam o esquema de corrupção da Petrobras no Congresso e já foi acusado pela oposição de colocar em prática manobras regimentais para que as investigações não avançassem.

Entre os processos sob o seu comando, estará o da polêmica compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, que acarretou uma prejuízo de US$ 792 milhões aos cofres públicos.

Apesar de a presidente Dilma Rousseff ter estado à frente do Conselho de Administração da estatal na época da operação, o TCU isentou a petista da responsabilidade pela compra da refinaria norte-americana.

Vital disse ainda que encara como um novo "desafio" ser ministro do TCU e que, por isso, está disposto a abrir mão dos quatro anos que ainda lhe restam como senador.

"É um desafio, mais um desafio que o Parlamento brasileiro me faz. Um desafio que eu ponderei. Eu tive um longo processo de amadurecimento e entendi que posso ajudar, como ministro do TCU, no exercício do controle externo", afirmou.

A análise da indicação de Vital foi feita em ritmo acelerado nesta terça-feira. O rito da CAE é que o relator apresente o parecer em uma sessão e a votação só ocorra na próxima reunião do colegiado.

Contudo, os integrantes da comissão fizeram a leitura da indicação, a sabatina de Vital e a votação secreta numa mesma reunião.

O peemedebista recebeu o apoio unânime de 25 senadores da CAE, que também aprovaram o regime de urgência, o que significa que ainda esta tarde a indicação do senador pode ser apreciada em plenário da Casa.

Se for aprovada, terá de passar ainda pela Câmara. Somente após isso ele poderá tomar posse.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasGás e combustíveisIndústria do petróleoIrregularidadesPetrobrasPetróleoTCU

Mais de Brasil

Governos preparam contratos de PPPs para enfrentar eventos climáticos extremos

Há espaço na política para uma mulher de voz mansa e que leva as coisas a sério, diz Tabata Amaral

Quais são os impactos políticos e jurídicos que o PL pode sofrer após indiciamento de Valdermar

As 10 melhores rodovias do Brasil em 2024, segundo a CNT