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Viradas ficarão como marca das eleições de 2014

A série de pesquisas sobre as eleições de 2014 foi marcada por ultrapassagens e viradas


	Marina Silva: ela ficou fora do 2º turno graças a uma virada
 (Fernando Frazão / Agência Brasil)

Marina Silva: ela ficou fora do 2º turno graças a uma virada (Fernando Frazão / Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 26 de outubro de 2014 às 09h25.

São Paulo - A série de pesquisas sobre as eleições de 2014 foi marcada por ultrapassagens e viradas. A última aconteceu na reta final do 2.º turno, quando o tucano Aécio Neves perdeu a pequena vantagem numérica que chegou a ostentar, logo depois do 1º turno, sobre a petista Dilma Rousseff.

A pesquisa Ibope divulgada na quinta-feira, 23, mostrou Dilma com oito pontos porcentuais de vantagem sobre o adversário: 54% a 46%, levando-se em conta apenas o universo dos votos válidos, do qual são excluídos nulos e brancos, além dos eleitores indecisos.

O mesmo instituto havia publicado, uma semana antes, levantamento que mostrava Aécio com 51% e Dilma com 49% - resultado que, em si, já representava uma virada, já que o tucano havia chegado em segundo lugar no 1º turno.

Na primeira rodada da eleição, Aécio teve 34% dos votos válidos, e Dilma, 42%, em valores arredondados. Ou seja, no início do 2º turno, o tucano avançou 17 pontos porcentuais, dez a mais do que a petista.

O impulso do tucano se deu graças à adesão massiva de eleitores que, no 1º turno, haviam optado pela candidatura de Marina Silva (PSB). Pesquisas mostraram que, mesmo antes do anúncio oficial de apoio de Marina a Aécio, dois em cada três eleitores dela já declaravam voto no candidato do PSDB.

A própria Marina Silva ficou fora do 2º turno graças a uma virada. Principal novidade da campanha, por ter assumido em agosto a candidatura presidencial do PSB após a morte do ex-governador Eduardo Campos em um acidente aéreo, ela chegou a deslocar Aécio para a terceira colocação.

As pesquisas Ibope de junho, de julho e do início de agosto mostravam o candidato tucano com uma lenta tendência de crescimento: primeiro 21%, depois 22% e, por fim, 23%.

Baque

Foi então que caiu o avião que transportava Eduardo Campos para um evento de campanha no litoral paulista, no dia 13 de agosto. Em questão de horas, o cenário eleitoral se embaralhava. A primeira pesquisa Ibope feita depois do acidente, com Marina no lugar de Campos, mostrava uma queda de quatro pontos porcentuais na taxa de intenção de votos em Aécio, de 23% para 19%. Dilma também caía quatro pontos, de 38% para 34%. E Marina, com 29%, parecia embalada a ponto de disputar a primeira colocação - de fato, na pesquisa seguinte, ela chegou a 33% e empatou tecnicamente com Dilma.

Aécio caiu para 15% e teve até de convocar uma entrevista coletiva para desmentir uma possível renúncia. Na reta final da campanha, porém, conseguiu uma virada e chegou ao 2º turno. Agora, em desvantagem, precisará de mais uma para vencer. 

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