Brasil

Curtas – o que houve de mais importante ontem

ÀS SETE - JBS anunciou acordo com bancos para adiar o pagamento de R$ 21,7 bilhões em dívidas

Joesley Batista: da JBS, renegociou dívidas com 14 instituições financeiras (Daniela Toviansky/Exame)

Joesley Batista: da JBS, renegociou dívidas com 14 instituições financeiras (Daniela Toviansky/Exame)

EH

EXAME Hoje

Publicado em 26 de julho de 2017 às 06h29.

Última atualização em 26 de julho de 2017 às 08h08.

Viracopos devolvido?

A Triunfo Participações e a UTC, controladores do Aeroporto Internacional de Viracopos (Campinas), consideram a possibilidade de devolver a concessão, segundo o jornal Valor. O motivo é o aperto financeiro pelo qual os grupos estão passando e a falta de perspectivas para o negócio. A lei 13.448, de junho, prevê a devolução amigável ao governo para concessões problemáticas. O leilão de Viracopos aconteceu em 2012. A perspectiva era de que em 2016 o fluxo de passageiros chegasse a 15,2 milhões por ano, mas o número ficou em 9,2 milhões.

Às Sete – um guia rápido para começar seu dia

Leia também estas outras notícias da seção Às Sete e comece o dia bem informado:

15 bancos de olho na Cedae

Uma audiência pública realizada ontem na sede da Fazenda do Rio de Janeiro atraiu 15 bancos interessados em viabilizar uma operação de crédito de 3,5 bilhões de reais para a Cedae, a estatal de água e esgoto do estado. O plano do governo é definir um empréstimo para a Cedae até setembro. A audiência foi marcada por protestos de grupos contrários à privatização da Cedade. O plano inicial do governo federal, de que o BNDES compre a estatal, está cada vez mais em segundo plano após uma série de críticas.

JBS fecha acordo

O frigorífico JBS anunciou que fechou acordo com bancos para adiar o pagamento de 21,7 bilhões de reais em dívidas. “A JBS Brasil efetuará o pagamento integral dos juros incorridos nos termos dos contratos originais, bem como o pagamento de quatro parcelas de 2,5% do montante principal do endividamento em questão”, afirma em nota. No total, 14 instituições financeiras, entre elas Bradesco, Banco do Brasil, Caixa e Bank of China, são credores da JBS. Em paralelo, a JBS fechou uma renegociação de 1,2 bilhão de reais com o Itaú.

A reprovação de Temer

Primeiro presidente do Brasil denunciado por corrupção ao Supremo Tribunal Federal (STF) no exercício do mandato, Michel Temer (PMDB) é reprovado por 94% dos brasileiros. Segundo a pesquisa Pulso Brasil, divulgada mensalmente pelo Instituto Ipsos, apenas 3% da população aprova o peemedebista e outros 3% não sabem ou não responderam. O governo como um todo é reprovado por 84% dos entrevistados. O levantamento ouviu 1.200 pessoas em 72 municípios e tem margem de erro de 3 pontos porcentuais, para mais ou para menos. A rejeição a Temer, a maior já registrada pelo instituto de pesquisas, supera os 80% da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) quando de seu afastamento da Presidência pelo processo de impeachment, em maio de 2016, e os 68% de reprovação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após sua condenação a nove anos e meio de prisão na Operação Lava-Jato pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Lula, por sua vez, não está em exercício de mandato.

Mais dinheiro para a Lava-Jato

Em um sinalização política à opinião pública, o Conselho Superior do Ministério Público Federal decidiu nesta terça-feira (25) aumentar a previsão orçamentária destinada à força-tarefa da Lava-Jato, reservando 1,65 milhão de reais para os trabalhos dos procuradores que se debruçam sobre o esquema de corrupção instalado na Petrobras. A previsão inicial era de aproximadamente 522.000 reais, o que provocou atritos entre o atual procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e sua sucessora, Raquel Dodge. A proposta de aumentar a previsão orçamentária da força-tarefa da Lava-Jato foi apresentada durante a reunião pelo vice-procurador-geral da República, José Bonifácio Andrada, que propôs um remanejamento dos recursos. Para incrementar a previsão da força-tarefa da Lava-Jato, foi preciso deslocar recursos da Secretaria Geral.

_

Para procuradores, também

O Conselho Superior do MPF também aproveitou a onda de popularidade para aprovar um aumento de 16,7% para todos os procuradores federais. Caberá ao conselho de transição, que cuida da passagem do cargo de Rodrigo Janot para Raquel Dodge, dizer de onde sairá o dinheiro. Com o aumento, o salário dos procuradores romperia o teto do funcionalismo, de 33.700 reais.

Cade aprova Natura

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que regula a concentração de mercado no Brasil, aprovou a compra irrestrita da marca britânica de cosméticos The Body Shop pela brasileira Natura. O despacho foi publicado em Diário Oficial nesta terça-feira. Em junho, a fabricante brasileira de cosméticos entrou em negociações exclusivas com o grupo francês L’Oréal, que detém a The Body Shop, para compra total das operações. A transação pode movimentar 1 bilhão de euros. A Natura só aguardava a aprovação de órgãos reguladores no Brasil e Estados Unidos para concluir a compra. As ações da companhia despencaram 3% no Ibovespa, um dos piores desempenhos do dia.

Camil confirma IPO

A fabricante de alimentos Camil confirmou planos de abrir o capital na bolsa de valores brasileira. A oferta deverá acontecer em outubro, segundo fontes disseram ao Estadão, e será primária e secundária, ou seja, os recursos, além de alimentar o caixa da companhia, vão para o bolso dos atuais acionistas. Ainda não há informações sobre a quantidade de ações a serem ofertadas, tampouco faixa de preço indicativo para o papel ou cronograma da oferta. “Apresentamos um histórico consistente de crescimento e ampliação de nossa participação de mercado no setor de alimentos no Brasil e na América do Sul, tanto com crescimento orgânico quanto por meio de aquisições estratégicas”, afirma o prospecto da Camil, disponibilizado na CVM. Em 2017, as ofertas de ações na bolsa já superam os 21 bilhões de reais.

Penske desempata

O vice-presidente americano, Mike Pence, deu o voto de minerva e o Senado decidiu iniciar o debate para acabar com o Obamacare, projeto de saúde de Barack Obama que virou uma obsessão para os republicanos. Dois dos 52 senadores republicanos votaram contra o início dos debates, o que empatou o placar e forçou o voto de Pence. Todos os democratas votaram contra. Como não conseguiu votos para aprovar seu próprio projeto de saúde, Trump foi em frente com o plano de apagar o legado de Obama. Um dos destaques da sessão foi o senador republicano John McCain. Diagnosticado com câncer no cérebro, ele fez questão de ir ao Senado votar com o partido, e foi aplaudido de pé. De 23 milhões a 32 milhões de americanos ficarão sem assistência à saúde se Trump sair vitorioso.

Venezuela afunda mais

O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que a economia da Venezuela vai encolher 12% neste ano, muito pior do que a previsão anterior de 7%. “Esta crise política representa riscos de baixa significativa para o crescimento, caso ela piore mais ou se prolongue por um período longo”, afirmou o FMI. O Fundo adverte para disparo da inflação, colapso da moeda local, o bolívar, e crescente probabilidade de uma crise humanitária que poderá levar a um grande êxodo de venezuelanos para países vizinhos.

Acompanhe tudo sobre:Às SeteEstados Unidos (EUA)Exame HojeIPOsJBSJoesley BatistaNaturaOperação Lava JatoVenezuela

Mais de Brasil

Linhas 8 e 9 começam a disponibilizar Wi-Fi gratuito em todas as estações; saiba como acessar

Bolsonaro indiciado pela PF: entenda o inquérito do golpe em cinco pontos

O que acontece agora após indiciamento de Bolsonaro e os outros 36 por tentativa de golpe de Estado?

Inmet prevê chuvas intensas em 12 estados e emite alerta amerelo para "perigo potencial" nesta sexta