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Violência em escolas: polícia cumpre mandados de internação de 10 menores em 5 estados

Operação acontece nos estados de Santa Catarina, Paraná, Pernambuco, São Paulo e Rio de Janeiro; ministro Flávio Dino diz que ação vai ajudar na eficácia de 'ações preventivas e repressivas'

Vitória/ES - Polícia Civil do Espírito Santo faz paralização até a meia noite de hoje(8) em protesto ao assassinato de um investigador em Colatina e às más condições de trabalho. (Tânia Rêgo/Agência Brasil) (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Vitória/ES - Polícia Civil do Espírito Santo faz paralização até a meia noite de hoje(8) em protesto ao assassinato de um investigador em Colatina e às más condições de trabalho. (Tânia Rêgo/Agência Brasil) (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 19 de abril de 2023 às 10h04.

A Polícia Civil deflagrou nesta quarta-feira uma operação contra a violência nas escolas em cinco estados. Os agentes cumprem, ao todo, dez mandados de internação provisória e 13 de busca e apreensão domiciliar contra menores suspeitos de terem planejado ataques a unidades de ensino brasileiras.

Os mandados e buscas são realizados nos estados de Santa Catarina, Paraná, Pernambuco, São Paulo e Rio de Janeiro. De acordo com o Ministério Público de Santa Catarina, as ordens judiciais foram expedidas pela Vara da Infância e da Juventude da Comarca de Blumenau, onde uma creche foi atacada em 5 de abril, resultando ma morte de quatro crianças.

Entre os crimes que teriam sido praticados pelos menores procurados na Operação Escola Segura, estão os análogos a ameaça, incitação ao crime, apologia ao crime ou a criminoso, associação criminosa, e crimes do estatuto do desarmamento.

Na manhã desta quarta-feira, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, usou as redes sociais para agradecer aos agentes que realizam a operação. “Agradeço às polícias civis que estão atuando em rede com o Ministério da Justiça, para que tenhamos maior eficácia nas ações preventivas e repressivas”, escreveu.

Ataque em Blumenau

O homem que invadiu e matou quatro crianças numa creche particular, em Blumenau, Santa Catarina, entrou no local por volta das 9h da manhã do dia 5 de abril. Ele fez os ataques, mas acabou o preso pela polícia. O assassino tem 25 anos e se entregou à polícia após cometer o crime. Além das vítimas do ataque, outras cinco pessoas ficaram feridas.

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Entenda como o ataque a creche aconteceu:

1. Segundo o comandante da polícia de Blumenau, o criminoso já tinha passagens pela polícia e chegou na escola em uma moto com uma machadinha

2. Pulou o muro, matou quatro crianças e deixou cinco feridas, aleatoriamente

3. Segundo o delegado-geral da Polícia de Santa Catarina, depois, ele saiu pela própria porta da creche

4 Pegou a moto e foi para o Batalhão da Polícia Militar, onde se entregou

O Corpo de Bombeiros de Blumenau divulgou a lista dos mortos após o ataque à creche particular Cantinho Bom Pastor nesta quinta-feira. Um homem de 25 anos invadiu a unidade de ensino, armado com uma machadinha, e matou pelo menos quatro crianças. As vítimas têm entre 4 e 7 anos.

Quem são as vítimas:

Bernardo Cunha Machado - 5 anos

Bernardo Pabest da Cunha - 4 anos

Larissa Maia Toldo - 7 anos

Enzo Marchesin Barbosa - 4 anos

Esclarecimento aos leitores sobre cobertura de ataques e massacres pelo Grupo Globo

A respeito do ataque ocorrido hoje a uma creche em Blumenau (SC), no qual quatro crianças foram mortas e outras cinco, feridas, o Grupo Globo divulgou nota sobre as diretrizes que orientam a cobertura de casos de ataques e massacres de seus veículos de imprensa:

“Os veículos do Grupo Globo tinham há anos como política publicar apenas uma única vez o nome e a foto de autores de massacres como o ocorrido em Blumenau. O objetivo sempre foi o de evitar dar fama aos assassinos para não inspirar autores de novos massacres. Essa política muda hoje e será ainda mais restritiva: o nome e a imagem de autores de ataques jamais serão publicados, assim como vídeos das ações.

A decisão segue as recomendações mais recentes dos mais prestigiados especialistas no tema, para quem dar visibilidade a agressores pode servir como um estímulo a novos ataques. Estudos mostram que os autores buscam exatamente esta “notoriedade” por pequena que seja. E também não noticiamos ataques frustrados subsequentes, também para conter o chamado “efeito contágio”.</

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