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Vigilância vai fiscalizar supermercados em São Paulo

Vigilância Sanitária do Município está só esperando que o Ministério da Agricultura informe os lotes comprometidos para fiscalizar comércio

Supermercados: estabelecimentos têm responsabilidade sobre os produtos que comercializam (Joe Raedl/AFP)

Supermercados: estabelecimentos têm responsabilidade sobre os produtos que comercializam (Joe Raedl/AFP)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de março de 2017 às 11h49.

São Paulo - A Vigilância Sanitária do município de São Paulo aguarda informações detalhadas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para dar início a ações de fiscalização em supermercados, açougues e outros comércios da capital paulista que possam estar comercializando carnes com adulterações como as flagradas na Operação Carne Fraca.

Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, tão logo receba do ministério os números dos lotes de alimentos com denúncia de adulteração identificadas pela investigação da Polícia Federal, a Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) do município "programará ações específicas com foco nos produtos e lotes em questão".

A Covisa informou ainda que, independentemente das ações específicas relacionadas à Operação Carne Fraca, mantém as fiscalizações de rotina com o objetivo de verificar o cumprimento do Regulamento de Boas Práticas e de Controle de Condições Sanitárias e Técnicas no armazenamento e comércio de carnes pelos estabelecimentos.

A norma prevê que os açougues e supermercados também têm a responsabilidade de garantir a qualidade dos produtos comercializados.

De acordo com o regulamento, os comércios devem verificar o padrão de identidade e qualidade dos produtos assim que os recebem.

Eles devem observar ainda a integridade e legibilidade do rótulo, data de validade, número de registro no órgão oficial (quando obrigatório) e identificação de origem e temperatura dos alimentos perecíveis: para produtos congelados, no máximo a -12ºC (ou conforme a especificação do fabricante) e, para carnes e derivados resfriados crus, no máximo a 7ºC (ou conforme a especificação do fabricante).

A Vigilância Sanitária Estadual, vinculada à Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo, também está em alerta para possíveis ações de fiscalização e análise de alimentos no território paulista.

Embora realize prioritariamente vistorias relacionadas a comércio irregular, o órgão diz que está disponível caso seja acionado pelo Ministério da Agricultura para auxiliar na fiscalização local.

Rio

Ao contrário dos órgãos sanitários paulistas, as autoridades municipais do Rio não quiseram esperar as orientações do ministério para iniciar ações de fiscalização.

Desde o último sábado, agentes da vigilância sanitária da cidade estão percorrendo supermercados e outros estabelecimentos comerciais da capital fluminense recolhendo amostras de carnes para análise.

No sábado, foram coletadas amostras de carnes refrigeradas embaladas a vácuo em supermercados dos bairros de Botafogo e Copacabana, ambos na zona sul.

Na segunda-feira, foram incluídos na inspeção empanados de frango, linguiça, salsicha, mortadela e carne moída em uma megaoperação de fiscalização realizada na Barra da Tijuca, zona oeste, e que contou com dez técnicos.

De acordo com a vigilância sanitária do Rio, o material coletado será encaminhado ao Laboratório Municipal de Saúde Publica, que vai fazer análises microbiológica (verificar contaminação por micro-organismos, como a salmonela), de rotulagem (verificação da composição do produto), microscopia (para detectar corpos estranhos no alimento e se há indícios de fraude), análise sensorial (verificar cor, textura e odor) e análise físico-química (deterioração e alteração na cor).

Após as análises, de acordo com o órgão, os produtos com amostras insatisfatórias terão os lotes retirados de circulação. As inspeções no Rio vão até a próxima sexta-feira.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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