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Vídeo com ameaça de ACM Neto a Lula é vetado por juiz

As imagens vinham sendo usadas pela campanha do petista Nelson Pelegrino desde a semana passada


	ACM Neto, deputado pelo DEM: antes da decisão, candidato vinha ocupando parte de seus pouco mais de cinco minutos de propaganda para justificar a ameaça
 (José Cruz/Agência Brasil)

ACM Neto, deputado pelo DEM: antes da decisão, candidato vinha ocupando parte de seus pouco mais de cinco minutos de propaganda para justificar a ameaça (José Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2012 às 16h31.

Salvador - A coordenação de campanha do deputado ACM Neto (DEM) à prefeitura de Salvador conseguiu na Justiça a retirada, da propaganda eleitoral do petista Nelson Pelegrino, do vídeo e do áudio de trecho de um discurso que Neto fez em 2005, na Câmara, no qual dizia que daria "uma surra no presidente da República" - à época, Luiz Inácio Lula da Silva.

As imagens vinham sendo usadas pela campanha do petista Nelson Pelegrino desde a semana passada e a fala de Neto foi citada pelo ex-presidente Lula em comício realizado na capital baiana, na sexta-feira. No palanque, Lula disse que "se esse cidadão (Neto) teve a coragem de dizer que queria bater no presidente, imagine o que ele não vai fazer com um camelô de Salvador."

Na liminar, o juiz eleitoral Paulo Casali Bahia alega "desvirtuamento do contexto" do trecho exibido na campanha petista, para "transmitir ao eleitorado a ideia de que o impetrante seria capaz de praticar atos de agressão contra qualquer pessoa, sem qualquer justificativa ou fundamento".

Antes da decisão, ACM Neto vinha ocupando parte de seus pouco mais de cinco minutos de propaganda para justificar a ameaça. "O discurso foi feito sete anos atrás, na época em que eu estava investigando o mensalão e minha família estava sendo ameaçada pelo governo do PT, e eu reagi", disse em seus mais recentes programas eleitorais.

À época, Neto participava da CPI dos Correios e havia a suspeita de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) estava monitorando os integrantes da CPI. "Reagi, realmente, de forma indevida, não tinha a experiência que tenho hoje", justificou. "Mas o mais importante é que os réus do mensalão estão sendo julgados e condenados pelo Supremo Tribunal Federal."

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