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Vice-presidências da CPI da Petrobras são do PSDB, PDT E PHS

Segundo o presidente da comissão, buscou-se uma composição eclética, para dar mais legitimidade a ela; PT não teria comunicado interesse pelas funções

Petrobras: partidos reclamam por não terem participado de acordos de formação de chapas (Ricardo Moraes/Reuters)

Petrobras: partidos reclamam por não terem participado de acordos de formação de chapas (Ricardo Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de março de 2015 às 12h12.

Última atualização em 7 de fevereiro de 2018 às 19h01.

Brasília - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras acaba de eleger como vice-presidentes do colegiado os deputados Antonio Imbassahy (PSDB-BA), Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) e Kaio Maniçoba (PHS-PE). O tucano será o primeiro vice, o pedetista o segundo vice, e Kaio, terceiro.

Durante a votação, o deputado Afonso Florence (PT-BA) reclamou que seu partido não participou do acordo para formação da chapa dos vices e apelou para que as sub-relatorias sejam construídas com a acordância do relator.

O petista apelou para que o tensionamento político configurado nos últimos dias não se estenda para a CPI.

O presidente da comissão, o peemedebista Hugo Motta (PB), disse que o PT não comunicou interesse pelas funções e que ele procurou membros de partidos diferentes para que houvesse uma composição eclética à comissão e assim dar mais legitimidade a ela.

"Não vamos admitir que essa comissão seja tratada aqui como terceiro turno", declarou. Ele ressaltou que não abrirá mão da prerrogativa de indicar os sub-relatores, afirmou.

O PSOL reclamou da ausência de acordo envolvendo todos os partidos. "Não podemos aceitar acordo de coxia", protestou Ivan Valente (SP).

Irritado com o fato de também não ter sido consultado, o líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), anunciou que sairia do bloco (PSDB, PSD e PV) e que, assim que for oficializado o nome dos investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), pedirá que a Corregedoria da Casa afaste dos cargos todos os arrolados.

Discussão

A segunda sessão da CPI começou com uma troca de farpas entre os deputados Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho da Força, e Ivan Valente (PSOL-SP).

Ao rebater o questionamento feito por Valente na última reunião sobre a doação de empreiteiras envolvidas na Lava Jato para a campanha eleitoral de parlamentares titulares desta CPI, Paulinho disse que seu colega recebeu recursos de seus funcionários.

"Fiquei impressionado com algumas doações", disse o deputado, revelando que funcionários doaram a Valente até quatro vezes mais que seus salários.

Valente rebateu dizendo que faz campanha limpa, que recebe recursos de ativistas e que sua campanha recebeu dez vezes menos que a de Paulinho. "Vou pedir investigação sobre o financiamento do Paulinho, não só por empresas mas por entidades", respondeu.

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