Glauber Braga: "em um momento em que tantos demonstram covardia na política, Lindbergh, ao peitar o PMDB, teve um ato de coragem", declarou (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2013 às 20h16.
Rio - O iminente desembarque dos petistas do governo fluminense pode colocá-los mais perto de construir um palanque duplo com o PSB no Estado. O vice-presidente local dos socialistas, deputado federal Glauber Braga, disse nesta quinta-feira, 10, que o apoio do PSB à candidatura do senador Lindbergh Farias (PT) na disputa pelo governo estadual será uma das possibilidades examinadas pelo partido para 2014. Braga elogiou a postura de Lindbergh de defender a saída dos petistas do governo Sérgio Cabral Filho e seu afastamento do PMDB fluminense.
"Em um momento em que tantos demonstram covardia na política, Lindbergh, ao peitar o PMDB, teve um ato de coragem", declarou.
O PT do Rio marcou uma reunião de seu diretório para 30 de novembro, quando deverá aprovar a saída do governo Cabral. Parte dos petistas, porém, defende uma antecipação do desembarque, por causa da repressão da Polícia Militar à greve dos professores públicos. O assunto será discutido nesta sexta-feira, 11, pelo presidente nacional do partido, Rui Falcão, e pela executiva regional da legenda.
Palanque duplo
Braga reconheceu a possibilidade de o PSB formar uma chapa com Lindbergh, mas não quis adiantar como os socialistas participariam - se designando um candidato a vice-governador ou a senador. "O deputado Miro Teixeira (PROS) também tem de estar nesta articulação", assinalou, dizendo que é ainda possível que o lançamento da candidatura de José Gomes Temporão. Dois pontos são essenciais, assinalou o deputado: "um projeto que represente o novo para o Estado do Rio" e garantia de um palanque para a candidatura presidencial de Eduardo Campos no Estado do Rio de Janeiro.
"Não dá para tratar Eduardo (Campos) como inimigo nos mais diversos Estados. Isso forçaria a união das oposições estaduais já no primeiro turno", disse Lindbergh, ao confirmar que está conversando "direto" com os socialistas. "Eu apoio a reeleição da presidente Dilma Rousseff, mas, na nossa visão, há espaço na nossa chapa para um candidato a senador que faria campanha para Eduardo."
No pior cenário imaginado pelo senador, PSB e PT lançariam candidatos próprios a governador, mas manteriam uma política de não-agressão no primeiro turno, visando a uma aliança no segundo. Os alvos seriam Luiz Fernando Pezão (PMDB), candidato de Cabral, e Anthony Garotinho (PR).