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Vice de Marina em 2014 pede para disputar Presidência pelo PSB

Beto Albuquerque (RS) entregou hoje uma carta ao partido se colocando à disposição para disputar a Presidência da República

Beto Albuquerque: setores do partido tentam convencer o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa a se lançar na disputa pela legenda (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Beto Albuquerque: setores do partido tentam convencer o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa a se lançar na disputa pela legenda (Fernando Frazão/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de janeiro de 2018 às 18h38.

Brasília - Ex-líder da bancada do PSB na Câmara e candidato a vice-presidente da República na chapa de Marina Silva (Rede) em 2014, o ex-deputado Beto Albuquerque (RS) entregou hoje uma carta ao partido se colocando à disposição para disputar a Presidência da República este ano.

A movimentação acontece no momento em que setores do partido tentam convencer o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa a se lançar na disputa pela legenda. Barbosa pediu para dar uma resposta à direção do partido até fevereiro.

Filiado há 32 anos ao partido, Albuquerque atualmente ocupa a função de vice-presidente de Relações Institucionais do PSB.

No documento entregue ao presidente da sigla, Carlos Siqueira, o pessebista defende o direito do partido ter um candidato na disputa presidencial de outubro. "No próximo pleito nacional também devem se apresentar cerca de vinte candidatos a Presidente da República e estou certo de que o PSB, com seus 70 anos de história, tem de participar como protagonista dessa disputa, a exemplo de 2014, quando estivemos representados pelo nosso companheiro Eduardo Campos e, depois de sua morte trágica, por Marina Silva e eu como seu vice", diz o dirigente na carta.

Na mensagem aos colegas de partido, Albuquerque cita a "a imensa frustração política no campo ético, causada pelos principais e maiores partidos". Mencionando o discurso de Campos, morto em um acidente aéreo durante a campanha presidencial, Albuquerque ataca a "velha política" e se apresenta como possibilidade de representar o "novo" na eleição presidencial.

"Como dizia Eduardo Campos, vamos colocar na oposição as velhas e manjadas raposas da política! Também dizia, não é hora de ter medo, é hora de ter coragem!", afirma.

O ex-deputado destaca ainda que ao menos 10 candidatos aos governos estaduais pelo partido são considerados competitivos e que uma candidatura própria à Presidência ajudará nestes palanques regionais. "Trata-se, sobretudo, de um projeto coletivo, não individual ou personalista", alfineta o ex-deputado, em uma crítica indireta à possível candidatura de Joaquim Barbosa.

O ex-vice de Marina Silva ressalta que este é o momento do partido retomar seu espaço no cenário político. "É muito importante ocupar o espaço no espectro político e social brasileiro neste ano, o que também ajudará bastante na eleição de senadores, deputados estaduais e federais do nosso partido", justifica.

Além da possibilidade de lançar o ex-ministro do STF à Presidência da República, o PSB tem também como opção o ex-ministro dos governos Lula e Dilma Rousseff, Aldo Rebelo, que deixou recentemente o PCdoB.

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