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Para vice de Major Olimpio, aliados apoiarem Doria foi chato

David Martins, candidato a vice-prefeito na chapa de Major Olimpio, apoio de correligionários do Solidariedade ao tucano João Doria é "bem chato"


	João Doria: correligionário chegou a afirmar em evento que o Solidariedade apoiava o candidato tucano
 (Rafael Cusato)

João Doria: correligionário chegou a afirmar em evento que o Solidariedade apoiava o candidato tucano (Rafael Cusato)

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Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2016 às 14h26.

São Paulo - O candidato a vice-prefeito na chapa de Major Olímpio (Solidariedade), David Martins, classificou de "bem chato" o apoio dado nesta terça-feira, 27, por integrantes de seu partido e do Sindicato dos Metalúrgicos, da qual é diretor, ao candidato tucano João Doria, na reta final do primeiro turno na corrida à Prefeitura de São Paulo.

Em sabatina realizada no período da manhã no Grupo Estado, ele foi questionado sobre o evento do candidato do PSDB com sindicalistas da Força Sindical, também ocorrido nesta terça, no qual um correligionário chegou a dizer que parte do Solidariedade está com Doria para levá-lo ao segundo turno dessa disputa. "Realmente é bem chato isso, a gente precisa construir uma candidatura para ganhar a eleição, mas geralmente na política acontece."

Sem esconder a irritação com o fato ocorrido pela manhã, no evento do candidato tucano com sindicalistas da Força Sindical, David argumentou que o sindicato dos metalúrgicos é plural e, por essa razão, sempre organiza eventos para ouvir candidatos de diferentes siglas que disputam uma eleição. Contudo, admitiu que a declaração de apoio às manifestações de apoio que Doria recebeu é um indicativo de que alguns de seus correligionários podem "simpatizar com Doria".

Indagado se a estratégia de sua campanha tinha cometido algum erro, o vice de Major Olímpio argumentou que "há diretores que seguem outro caminho". E exemplificou dizendo que há diretores (do sindicato e ligados ao próprio Solidariedade) que se posicionaram contra o impeachment de Dilma Rousseff, enquanto o partido foi um dos que ajudaram a deflagrar o processo que culminou com a saída de Dilma Rousseff (PT) da Presidência da República.

Apesar deste cenário, disse que está confiante de que a sua chapa possa disputar o segundo turno dessas eleições. De acordo com as mais recentes pesquisas de intenção de voto Ibope e Datafolha, Major Olímpio aparece com cerca de 1% das intenções de voto. "Acreditamos até o último momento que é possível reverter, pois de cada quatro eleitores da cidade de São Paulo, três não sabem ainda em quem vão votar, é muita indecisão, as pessoas não escolheram ainda o seu candidato e acreditamos que com base em nossas propostas, seremos a esperança para o paulistano. Eu e o major somos ficha limpa, não temos envolvimento em corrupção, isso pode ser o divisor."

Emprego

David Martins disse que um dos maiores problemas a serem enfrentados na cidade é o desemprego. "Cerca de 17% dos trabalhadores ativos estão desempregados na cidade de São Paulo, o principal mote é a geração de emprego, vamos fazer um trabalho muito forte, criando oportunidades para o pequeno comércio e pequenos investidores nas periferias da cidade, criando parques industriais em torno dos rodoaneis", disse. Segundo ele, outra área que precisa ser encarada com prioridade é a da saúde. "A questão da saúde está um caos em São Paulo."

Na entrevista, o vice de Major Olímpio reiterou que sua chapa é contra a atual velocidade nas Marginais. "Não há condições de andar na atual velocidade". Indagado sobre a redução dos acidentes, com as novas velocidades, ele destacou que é preciso investir em educação do trânsito. "São Paulo virou uma fábrica de multas."

O candidato a vice na chapa do Solidariedade falou também sobre a reforma trabalhista em discussão no governo Michel Temer e disse que como sindicalista e trabalhador vai lutar para que não seja suprimido nenhum direito conquistado até agora. "Tudo que for direito do trabalhador vamos defender e combater, caso haja a retirada de alguns deles."

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