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Vice da Camargo agia autorizado por superiores, diz advogado

A Justiça Federal começou a ouvir, nesta segunda-feira, 2, testemunhas de ações penais relacionadas às empresas Camargo Corrêa e UTC


	Camargo Corrêa: vice é acusado de corrupção ativa, formação de organização criminosa e lavagem de dinheiro
 (Germano Lüders/EXAME)

Camargo Corrêa: vice é acusado de corrupção ativa, formação de organização criminosa e lavagem de dinheiro (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2015 às 14h51.

São Paulo - Após audiência na Justiça Federal do Paraná, nesta segunda-feira, 2, o advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, que defende o vice-presidente da Camargo Corrêa, Eduardo Hermelino Leite, afirmou que o executivo não teve participação no suposto esquema de propinas e corrupção na Petrobras.

Leite é acusado de corrupção ativa, formação de organização criminosa e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato.

A Justiça Federal começou a ouvir, nesta segunda-feira, 2, testemunhas de ações penais relacionadas às empresas Camargo Corrêa e UTC, que teriam feito parte de um cartel de grandes empreiteiras para conquistar contratos bilionários da estatal petrolífera.

O delegado da Polícia Federal Marcio Adriano Anselmo, que participa das investigações da Lava Jato, e os executivos da Toyo Setal Augusto de Mendonça Neto e Julio Camargo prestaram depoimento à Justiça como testemunhas da acusação.

Os executivos fizeram acordo de delação premiada. Eles confirmaram na audiência desta segunda-feira o que haviam revelado em suas colaborações.

Leite foi preso em novembro do ano passado e denunciado pela Procuradoria da República em dezembro.

Segundo Mariz de Oliveira, o executivo era um funcionário do terceiro escalão da empresa.

O advogado afirmou ainda que o vice da Camargo Corrêa não teve contato com outras empresas supostamente envolvidas com o cartel.

"A audiência foi bem, as testemunhas esclareceram inúmeros pontos sobre o Eduardo Leite. Ficou muito claro que ele não tinha participação em propina. Isso foi dito de forma expressa pela última testemunha, o Julio Camargo. Ele disse que nunca conversaram sobre isso. Meu cliente acompanhava contratos", disse o criminalista.

"Agia autorizado por superiores."

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