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Viaduto da Marginal estava com carga de asfalto maior do que a projetada

Alça de acesso para a Dutra foi bloqueada na última quarta-feira (23) após Prefeitura detectar problema na viga da estrutura

Viaduto: Prefeitura ainda não tem estimativa de custo ou tempo para conclusão das obras (Facebook/Reprodução)

Viaduto: Prefeitura ainda não tem estimativa de custo ou tempo para conclusão das obras (Facebook/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de janeiro de 2019 às 18h06.

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), afirmou nesta segunda-feira, 28, que o viaduto interditado na Marginal do Rio Tietê, na zona norte da capital, estava com uma carga três vezes maior do que foi projetada para aguentar. A ponte da alça de acesso da pista expressa para a Rodovia Presidente Dutra foi bloqueada na quarta-feira, 23, após a Prefeitura detectar problema na viga da estrutura.

Segundo Covas, a empresa contratada para a recuperação, a G2O Engenharia, localizou documentos que mostram que a obra foi concluída em 1969. Dez anos depois, o engenheiro responsável autorizou que fosse feito um recape na via, desde que a camada de asfalto não superasse 10 centímetros. Hoje, a via está com 29 centímetros.

"A carga que ela recebe hoje é muito maior do que foi projetada para aguentar. Razão pela qual a obra de recuperação deve durar mais que o previsto inicialmente. Não estamos mais falando apenas de recuperar uma viga, mas de um trabalho de recape para que ela possa ser adequada ao tamanho da carga que ela foi feita para suportar", disse o prefeito na manhã desta segunda-feira.

A Prefeitura ainda não tem uma estimativa de custo ou de tempo para a conclusão das obras.

Antes da contratação para a recuperação da ponte, outra empresa já havia sido contratada para elaborar oito laudos sobre a situação de viadutos na capital. Foi ela quem identificou os riscos de queda na alça da Marginal. Segundo Covas, nos arquivos da Prefeitura constaria que a estrutura pertence ao governo federal, mas que a gestão municipal optou por priorizar o reparo para só depois debater a responsabilidade.

"Vamos deixar para discutir responsabilidade em um segundo plano. A Prefeitura prontamente contratou a empresa para a recuperação, já está em obras e depois, se for o caso, a gente discute com o governo federal a possibilidade de sermos ressarcidos por esse investimento", disse Covas.

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