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Veto à correção do IR deve ser reconsiderado, diz Falcão

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, defendeu que o veto da presidente à proposta de reajuste do Imposto de Renda seja "reconsiderado"


	Rui Falcão, presidente do PT: "estamos orientando a nossa bancada para ampliar o debate na discussão do veto"
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Rui Falcão, presidente do PT: "estamos orientando a nossa bancada para ampliar o debate na discussão do veto" (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2015 às 18h46.

Brasília - O presidente nacional do PT, Rui Falcão, defendeu nesta quinta-feira, 26, que o veto da presidente Dilma Rousseff à proposta de reajuste do Imposto de Renda seja "reconsiderado".

Em dezembro do ano passado, o Congresso aprovou um reajuste de 6,5% na tabela do IR, mas a mudança foi vetada pela presidente Dilma, que defende reajuste de, no máximo, 4,5%. O veto de Dilma deve entrar em discussão em sessão do Congresso Nacional prevista para o próximo mês de março.

"Estamos orientando a nossa bancada para ampliar o debate na discussão do veto à correção de 6,5% do Imposto de Renda. Nós votamos a favor e foi objeto de veto. Achamos que tem de ser reconsiderado, tem que ser debatido. Eu, pessoalmente, acho que tinha de ser importante esse diálogo em torno do 6,5%", ressaltou Rui Falcão, logo após participar de reunião da Comissão Executiva Nacional do PT em Brasília.

Em resolução aprovada no encontro, a cúpula do partido também defende que as Medidas Provisórias encaminhadas pelo Palácio do Planalto ao Congresso com ajustes fiscais sejam "aperfeiçoadas". As propostas mexem com benefícios trabalhistas e previdenciários e atingem diretamente o segmento social no qual o PT ainda é considerado imbatível. Integrantes da bancada do PT na Câmara e no Senado apresentaram cerca de 60 emendas (sugestão de alteração do texto original) às propostas que devem ter iniciadas as discussões na próxima semana.

"A Comissão Executiva Nacional reitera a decisão do Diretório Nacional de que as medidas provisórias 664 e 665, que têm o nosso apoio, devem ser objeto de negociação no Congresso para serem aperfeiçoadas", diz o documento.

Rui Falcão também adotou o tom de reconciliação com integrantes da base aliada encampado pelo ex-presidente Lula na passagem por Brasília nestes dois últimos dias. "Observamos como positiva a recomposição da base governista. Os primeiros ensaios nessa direção são positivos. Achamos que é importante uma estabilidade duradoura que deve ser partilhada não só pelo PT, mas com lideranças partidárias e ministros que integram a coalizão do governo", defendeu Falcão.

Ao tratar sobre os desvios na Petrobras, o dirigente "repeliu" o que chamou de campanha contra o PT. "Vamos continuar repelindo os atos de denúncia contra o PT nesta coisa de corrupção. Temos de continuar tomando a defesa do PT colocando a estrelinha, saudando nossas bandeiras, não aceitando provocação, mas também não abaixando a cabeça". Na resolução aprovada pela cúpula do partido, é destacado o fato de que o programa de TV e rádio previsto para ser transmitido em rede nacional será "um momento privilegiado" para a defesa do partido.

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