Brasil

Venezuelanos temem novos incidentes na fronteira do Brasil

Os ataques de brasileiros neste sábado traumatizaram muitos vendedores de comida e cambistas de dinheiro que diariamente cruzam a fronteira com o Brasil

Os ataques impulsionaram a ida de 1.200 pessoas para a Venezuela (Mauricio Castillo/Reuters)

Os ataques impulsionaram a ida de 1.200 pessoas para a Venezuela (Mauricio Castillo/Reuters)

A

AFP

Publicado em 20 de agosto de 2018 às 16h01.

O fluxo humano e de trânsito na fronteira entre Brasil e Venezuela era normal nesta segunda-feira (20), embora os migrantes venezuelanos em Pacaraima temam serem alvo de novos ataques como os de sábado.

A presença das tropas da Força Nacional é notável nas imediações do posto fronteiriço, antes mesmo da chegada dos reforços prometidos pelo presidente Michel Temer.

As lembranças dos incidentes de sábado são traumáticas e muitos vendedores de comida ou cambistas de dinheiro que diariamente cruzam da cidade venezuelana de Santa Elena de Uairén asseguram que nunca viram algo parecido.

"Fomos embora assustados, não sabíamos o que ia acontecer", disse à AFP um cambista, que não quis revelar a sua identidade.

Os ataques impulsionaram a ida de 1.200 pessoas para a Venezuela.

"Os justos pagam pelos pecadores. Não temos culpa de nosso governo estar fazendo o mal", lamentou Jorge Idrogo, um venezuelano de 22 anos, que sustenta a sua família vendendo comida do lado brasileiro.

O coronel Zanatta, comandante da base de Pacaraima da Operação Acolhida, estima que nesta segunda sejam registrados 900 venezuelanos no centro de recepção.

Acompanhe tudo sobre:ImigraçãoVenezuela

Mais de Brasil

Governo quer aumentar número de setores fora do tarifaço

Governo quer ampliar número de setores isentos do tarifaço de Trump, diz Alckmin

Recuperação de áreas degradadas pode contar com R$ 31,4 bilhões

Rio Grande do Sul registra neve em algumas localidades