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Venezuela: Senado aprova ida de Celso Amorim e Mauro Vieira para explicar posição do Brasil

O o assessor para assuntos internacionais da presidência da República foi convovado pelos senadores e o chanceler convidado

Celso Amorim, assessor especial de Lula, em imagem de arquivo (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Celso Amorim, assessor especial de Lula, em imagem de arquivo (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Agência o Globo
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Publicado em 8 de agosto de 2024 às 12h46.

Última atualização em 8 de agosto de 2024 às 12h56.

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A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado aprovou, nesta quinta-feira, 8, a convocação do assessor para assuntos internacionais da presidência da República, Celso Amorim, e o convite para ouvir o chanceler Mauro Vieira. Eles serão questionados sobre a posição do Brasil em relação às eleições na Venezuela. Os requerimentos foram apresentados pelos senadores Ciro Nogueira (PP-PI) e Tereza Cristina (PP-MS).

Amorim já tem firmado posição e afirmou que "não tem confiança" nas atas das eleições venezuelanas divulgadas pela oposição a Nicolás Maduro.

Em entrevista ao Estúdio i, da GloboNews, Amorim voltou a defender a divulgação desses documentos pelo governo venezuelano. As atas são uma espécie de boletim das urnas do pleito realizado há dez dias.

"Claro que é lamentável que as atas não tenham aparecido. Eu não estou dizendo agora, disse isso para o presidente Maduro. Estive com ele no dia seguinte à eleição", afirmou.

Depois, o assessor completou.

"Eu também não tenho confiança nas atas da oposição".

O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela apontou Maduro como reeleito com 51,95% dos votos, enquanto González recebeu 43,18%.

A oposição e a comunidade internacional contestam o resultado divulgado pelo órgão eleitoral e pedem a divulgação das atas eleitorais (uma espécie de boletim das urnas). Contagem paralela da oposição, por sua vez, aponta que González venceu Maduro com 67% dos votos, contra 30% de Maduro.

Na entrevista, Amorim disse também que teme um agravamento da situação na Venezuela e que isso resulte em uma guerra civil no país.

"Temo muito que possa haver um conflito muito grave. Não quero usar a expressão guerra civil, mas temo muito. E eu acho que a gente tem de trabalhar para que haja um entendimento. Isso exige conciliação. E conciliação exige flexibilidade de todos os lados. Por que os EUA mantiveram sanções violentas quando já havia processo de negociação? Por que a União Europeia manteve sanções quando foi convidada para ser observadora?", disse ao programa da GloboNews.

Defesa de solução

Amorim viajou à Venezuela para acompanhar o processo eleitoral no país no dia 28 de julho. Logo após o pleito, ele reforçou o pedido do governo brasileiro para a Venezuela publicar integralmente as atas da eleição presidencial.

"Temos que encontrar uma solução para isso. Acho, pessoalmente, pelo nível de divisão que eu vejo e existe na Venezuela, será necessária algum tipo de conversa de mediação",  disse.

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