Brasil

Venezuela expulsa brasileiro preso para os EUA

Jonatan Moisés Diniz foi libertado pelo governo chavista neste sábado, 6, e embarcaria para Miami num voo da América Airlines

Jonatan foi detido por autoridades chavistas após ter sido confundido com um cidadão americano (Facebook/Reprodução)

Jonatan foi detido por autoridades chavistas após ter sido confundido com um cidadão americano (Facebook/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de janeiro de 2018 às 13h34.

São Paulo - O brasileiro Jonatan Moisés Diniz, detido na Venezuela nesta semana, foi libertado pelo governo chavista neste sábado, 6, e embarcaria para Miami num voo da América Airlines, segundo o Itamaraty.

Por meio de sua conta no Twitter, o chanceler Aloysio Nunes Ferreira deu o caso como encerrado. "O incidente envolvendo o brasileiro Jonatan Moisés Diniz foi encerrado, com sua expulsão da Venezuela", escreveu.

A assessoria de imprensa do Itamaraty informou que o governo venezuelano limitou-se a notificar a chancelaria brasileira da expulsão de Diniz, sem dar mais detalhes sobre o caso.

Segundo sua família, ele foi detido por autoridades chavistas após ter sido confundido com um cidadão americano - ele vive nos EUA e portava uma carteira de motorista do país.

Até o início da noite deste sábado, a mãe de Jonathan, Renata Diniz, que mora em Balneário Camboriú, disse que ainda não havia tido nenhum tipo de contato com o filho depois de sua libertação. Ela também não tinha informações sobre o voo que estaria levando-o de volta para os Estados Unidos. Ela apenas afirmou que o Itamaraty havia confirmado suasoltura.

Diniz ficou preso na sede do serviço secreto venezuelano,o Sebin, segundo informações recebidas por sua família. O chavismo afirmou na manhã de sexta-feira ao Ministério de Relações Exteriores do Brasil que o estado de saúde do brasileiro é bom.

Segundo Juliano Diniz, a situação de seu irmão se agravou em razão de um mal-entendido. Como morava nos Estados Unidos e portava apenas a carteira de motorista do Estado onde morava, a Califórnia, as autoridades venezuelanas acreditaram que ele era cidadão americano.

A informação sobre um equívoco na identificação da nacionalidade de Diniz chegou ao Itamaraty, mas foi interpretada como uma justificativa fraca para uma prisão sem razões sólidas. Opositores acreditam que o regime teria interesse na detenção de americanos para usá-los como moeda de troca na disputa diplomática com os EUA. A Justiça americana condenou recentemente dois sobrinhos de Nicolás Maduro por tráfico de 800 quilos de cocaína. Eles ficaram conhecidos como "narcossobrinhos".

De acordo com Juliano Diniz, a ONG Foro Penal Venezolano ajudou no processo de obter informações sobre o irmão. "Nós tivemos de procurar um advogado local para fazer todo o processo porque o regime é muito fechado", disse. "Eles ajudaram a fazer a intermediação e a descobrir o que aconteceu de fato com ele." (Colaboraram Renato Vieira e Luiz Raatz)

Acompanhe tudo sobre:BrasilDiplomaciaVenezuela

Mais de Brasil

Acidente com ônibus escolar deixa 17 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP