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Cerveja em estádios impede aprovação da Lei Geral da Copa

Segundo fontes oficiais, o texto poderia ser votado na próxima semana, mas não antes desta sexta-feira, quando a presidente Dilma Rousseff receberá o presidente da Fifa

Uma das principais exigências da Fifa em relação ao texto que tramita na Câmara é a liberação da venda de cerveja nos estádios, que no Brasil está proibida por lei (Monitoramento/Ministério do Esporte)

Uma das principais exigências da Fifa em relação ao texto que tramita na Câmara é a liberação da venda de cerveja nos estádios, que no Brasil está proibida por lei (Monitoramento/Ministério do Esporte)

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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2012 às 19h42.

Brasília - A Câmara dos Deputados decidiu nesta quarta-feira adiar a votação da Lei Geral da Copa devido à falta de acordos sobre a venda de cerveja nos estádios durante o Mundial de 2014, um compromisso exigido pela Fifa.

Segundo fontes oficiais, o texto poderia ser votado na próxima semana, mas não antes desta sexta-feira, quando a presidente Dilma Rousseff receberá o presidente da Fifa, Joseph Blatter.

O encontro será o primeiro entre autoridades do país e da principal entidade do futebol mundial desde a polêmica provocada pelas declarações do secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, que afirmou que os organizadores da Copa mereciam um 'chute no traseiro' pelo atraso nas obras e na aprovação da lei.

Uma das principais exigências da Fifa em relação ao texto que tramita na Câmara é a liberação da venda de cerveja nos estádios, que no Brasil está proibida por lei.

A oposição e vários setores do Congresso se opõem a ceder nesse ponto, o que é motivo de enorme preocupação na Fifa pelos interesses comerciais que estão em jogo.

Segundo o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia, uma das alternativas seria retirar a venda de cerveja do texto discutido, de modo que o assunto seja regulamentado separadamente por cada um dos 12 estados que receberão partidas do Mundial.

'Se você não autoriza aqui, você não está proibindo que os entes federados façam uma negociação. De repente, um estado pode negociar, não estão fechadas todas as portas', disse Chinaglia, que evitou prever se haverá clima para votar a lei na próxima semana.

Caso seja aprovado na Câmara, o texto ainda deverá passar por outra votação no Senado antes de chegar às mãos da presidente Dilma para sua promulgação. 

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